29/05/18

CTB apresenta um Junho cheio de Teatro


A Companhia de Teatrode Braga (CTB) regressou da digressão à Ucrânia onde participou no Festival de Teatro Melponema Travyy, em Kherson, Mikolayv e Odessa, com o espectáculo JUSTIÇA, de Camilo Castelo Branco.
JUSTIÇA, na Ucrânia, no Festival de Teatro "Melponema Travyy" (foto: João Chelo)
A CTB continuará durante o próximo a mês a cumprir a programação a que se propôs na candidatura ao financiamento sustentado de apoio às artes da DGArtes. Assim, logo no dia dois, às 21h30, apresentará no Teatro Gil Vicente, em Barcelos, a mais recente produção criada a partir do texto de Mark Twain, DIÁRIO DE ADÃO E EVA. Espectáculo que estreou no dia 15 de Maio, com tradução, adaptação e direcção de Abel Neves.
Eva (Solange Sá) em DIÁRIO DE ADÃO E EVA (foto: João Vilares)
No dia 5 irá acolher uma produção da companhia de Valência, Arden Producciones, com texto e encenação de Chema Cardeña, MATAR O REI, sobre um lado oculto da História de Espanha. Um thriller medieval na Castela do séc. XV. No TheatroCirco, às 21h30. Um acolhimento no âmbito do Circuito Ibérico de Artes Cénicas.
MATAR O REI de Arden Producciones de Valência (foto: Juan Terol)
Logo a seguir, nos dias 6 e 7, também no Theatro Circo, a reposição de UM PICASSO, do autor norte-americano Jeffrey Hatcher. Uma encenação do director brasileiro Eduardo Tolentino de Araújo, com Rui Madeira e Solange Sá na interpretação. A trama decorre numa Paris ocupada, durante a 2ª Guerra Mundial, em que Pablo Picasso é convocado para um interrogatório conduzido por uma jovem agente da Gestapo, Fraulein Fischer. O objectivo é a autenticação de três quadros do pintor, confiscados aos seus donos judeus, a ser incluídos numa “exposição”, planeada pelo Ministro da Propaganda Nazi (Goebbels) para queimar “arte degenerada”.
Picasso (Rui Madeira) Fraulein Fischer (Solange Sá) em UM PICASSO (foto: Paulo Nogueira)
A comédia DIÁRIO DE ADÃO E EVA sobe a cena no TeatroRegional da Serra de Montemuro, no dia 17 de Junho. Espectáculo realizado no âmbito do Circuito ibérico de Artes Cénicas. Mark Twain escreveu o DIÁRIO DE ADÃO E EVA nos finais do século XIX, início do século XX. É uma narrativa literária que tendo sido polémica à época da sua publicação propõe uma visão humorada sobre o enlace amoroso dessas duas criaturas bíblicas.

De 19 a 21 de Julho, a CTB irá acolher, no Theatro Circo, dois espectáculos da companhia lisboeta, Teatrodo Bairro. O primeiro, nos dias 19 e 20, é a estreia de COLÓNIA PENAL, de Jean Genet. A colónia penal, o degredo, é um espaço idealizado, onde a morte ou a aproximação dela, se torna como tema sempre presente e liga todas as personagens. Este espectáculo, dirigido por António Pires, tem também, como parte integrante, um filme realizado por João Botelho.

O segundo espectáculo que nos traz o Teatro do Bairro é VANESSAVAI À LUTA, dia 21, às 21h30. Um espectáculo para maiores de 6 anos, escrito por Luísa Costa Gomes e dirigido por António Pires. O texto original (que faz parte do Plano Nacional de Leitura), escrito há 20 anos, trata a questão de género no sentido mais clássico do termo, dos papéis e dos estatutos atribuídos às mulheres tradicionalmente, e é a história de uma menina que não quer esse papel e quer ter uma metralhadora como o irmão.
VANESSA VAI À LUTA pelo Teatro do Bairro

Na cidadela dos transplantes, Beatrix visita António. A cidadela é um lugar de ciência avançada onde a medicina alarga o espectro da sobrevivência, aumentando a esperança de vida. António é um dos que foram escolhidos para sobreviver mais e melhor. Mas por que foi ele seleccionado e não outro? Qual será o preço? Na última semana de Junho, a CTB estreia ANTÓNIO E BEATRIX, de 26 a 28, no Theatro Circo e no dia 30, no Teatro Gil Vicente, em Barcelos, sempre às 21h30.

Escrito por Abel Neves e encenado por Rui Madeira, ANTÓNIO E BEATRIX é uma co-produção entre a CTB e o Teatro Tineretului de Piatra Neamt (Roménia). A interpretação fica a cargo da actriz romena Nora Covali e do actor moçambicano (dos quadros da CTB) Rogério Boane. A produção tem ainda o apoio do Instituto Cultural Romeno.

Mimarte – Festival de Teatro de Braga, que este ano decorre de 29 de Junho a 7 de Julho, vai já na sua 19ª edição. A CTB, à semelhança das edições anteriores, continua a colaborar com o Município de Braga na sua programação fazendo uso das excelentes relações que mantém com várias estruturas nacionais e estrangeiras. Este ano, traz quatro excelentes espectáculos que poderão assistir gratuitamente, no Rossio da Sé. O primeiro, dia 30, às 21h45, é um espectáculo do Centro Dramático de Évora – CENDREV encenado e interpretado por José Russo e Jorge Baião. ÑAQUE, OU SOBRE PIOLHOS E ACTORES, é uma obra divertida que gira em torno da temática da condição do actor, da sua posição na sociedade e desenvolve-se numa relação que este vai construindo com o público. Um acolhimento CTB no âmbito do Circuito Ibérico de Artes Cénicas.
José Russo e Jorge Baião em ÑAQUE, OU SOBRE PIOLHOS E ACTORES (foto: Paulo Nuno Silva)
Os restantes espectáculos são: ARIZONA (Teatro de Babel, México), O PÍCARO RUZANTE (Teatro Guirigai, Badajoz) e PERPLEXO (ilMaquinário Teatro, Ourense) que serão apresentados, respectivamente, nos dias 5, 6 e 7 de Julho, no Rossio da Sé, às 21h45.


18/05/18

CTB leva JUSTIÇA à Ucrânia


A Companhia de Teatro de Braga (CTB) viaja hoje para a Ucrânia para participar no Festival de Teatro “Melponema Travyy”, que decorre em Kherson de 17 a 26 de Maio.

Cartaz do Festival "Melponema Travyy"

A CTB apresentará o espectáculo JUSTIÇA de Camilo Castelo Branco, no dia 21, no Teatro Regional Academico M. Kulish, de Kerson, no âmbito do festival. Realiza, ainda, mais duas representações do espectáculo, nos dias 24 e 25, nas cidades de Mikolayv e Odessa, respectivamente.

Esta digressão resulta da parceria, já com cinco anos, entre a CTB e o Teatro Regional Académico M. Kulish que permitiu até à data a troca de 14 espectáculos diferentes em 12 cidades de ambos os países, bem como várias acções de formação.

Para reafirmar esta parceria decidiu criar-se uma co-produção entre as duas estruturas, a partir do texto “A Gaivota”, de Anton Tchekhov, que estreará em Março de 2020 no Theatro Circo de Braga, no âmbito das comemorações dos 40 anos da Companhia de Teatro de Braga. A estreia na Ucrânia ocorrerá no Festival “Melponema Travyy”, em Maio desse ano.

D. Inês (Eduarda Filipa) e Luís de Abreu (André Laires) em JUSTIÇA (foto: Paulo Nogueira)




17/05/18

CTB tem um dos maiores cortes no financiamento da DGArtes


Relativamente à notícia da Agência Lusa, partilhada por alguns órgãos de comunicação social (como, por exemplo, o Diário de Notícias) gostaríamos de esclarecer que, não obstante ser verdade a Companhia de Teatro de Braga (CTB) ser uma das quatro companhias, em termos globais, com maior financiamento, é também uma das duas companhias que para este quadriénio sofreram o maior corte comparativamente ao quadriénio anterior. A Companhia de Teatro de Almada teve um corte de 22% e a CTB um corte de 14% (representa cerca de 180 mil euros). Mais dizemos, que o orçamento para 2018 é de 267 mil euros, não os 288 mil euros noticiados.

Relembramos que apesar de até ao momento não termos recebido qualquer verba do financiamento atribuído (resultados para o Teatro só foram homologados esta terça-feira) a CTB tem vindo a cumprir escrupulosamente a actividade a que se propôs na candidatura. Esta semana estreamos “Diário de Adão e Eva”, o segunda estreia deste ano. Fizemos, também, cerca de 40 representações, entre reposições e acolhimentos, no Theatro Circo de Braga e em diversas salas de Portugal e Espanha.

A circunstância do corte no financiamento da CTB conduziu à inevitabilidade da reestruturação - na qual estamos já a trabalhar - de toda a actividade da companhia (novas produções, reposições, acolhimentos, formação de públicos, etc.).

Partilhamos, aqui, a nossa argumentação para a Audiência de Interessados da DGArtes e a resposta que obtivemos.



09/05/18

Estreia de "Diário de Adão e Eva"

Dia 15 de Maio, a Companhia de Teatro de Braga (CTB) estreia “Diário de Adão e Eva”, de Mark Twain, às 21h30, no Theatro Circo de Braga. Esta sexta-feira, será feito um ensaio geral aberto à comunicação social e aos participantes mais antigos nas actividades do projecto de formação de públicos, Bragacult.
A 136ª produção da CTB conta, mais uma vez, com o trabalho do dramaturgo Abel Neves que traduziu, adaptou para cena e dirigiu este espectáculo a partir da obra homónima do autor norte-americano.
Mark Twain escreveu o “Diário de Adão e Eva” nos finais do século XIX, início do século XX. É uma narrativa literária que tendo sido polémica à época da sua publicação propõe uma visão humorada sobre o enlace amoroso dessas duas criaturas bíblicas. Nos dias de hoje, as confidências de Adão e Eva, as suas diatribes, continuam a deliciar os leitores do escritor americano e, espera-se, os espectadores da adaptação teatral que se prepara.
“Diário de Adão e Eva” estará em cena de 15 a 17 de Maio, às 21h30, no pequeno Auditório do Theatro Circo. O espectáculo regressa a cena em Setembro, para mais cinco representações no Theatro Circo e uma no Teatro Gil Vicente de Barcelos.
Eva (Solange Sá) no ensaio de Diário de Adão e Eva | foto: João Vilares
FICHA ARTÍSTICA
autor Mark Twain
tradução, adaptação teatral, espaço cénico e direcção Abel Neves
pinturas Alberto Péssimo
figurinos Filipa Martins
iluminação Nilton Teixeira
construção do cenário e adereços António Jorge
apoio à construção do cenário Fernando Gomes
operação de luzes Vicente Magalhães
operação de som João Chelo
elenco André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa, Solange Sá


01/05/18

CTB acolhe comédia musical de La Fundición de Sevilha

Quarta-feira, dia 2 de Maio, a Companhia de Teatro de Braga irá acolher La Fundición de Sevilla com a comédia musical “DUELO ATÉ À MORTE DO MARQUÊS DE PICKMAN E O ACONTECEU DEPOIS COM O SEU CADÁVER”, às 21h30, na Sala Principal do Theatro Circo.

Fascinado com o relato dos trágicos acontecimentos que envolveram Rafael e León, Marquês de Pickman, e o capitão da Guardia Civil, Vicente Paredes - no ensaio “Duelo a muerte en Sevilla” de Miguel Martorell - Álvarez-Ossorio decide co-escrever esta obra teatral com o historiador e com Pepa Sarsa, já que para o encenador, tratando-se de “uma história de “machos”, uma luta de galos, era importante uma presença feminina".

Este espectáculo é uma comédia negra e uma crítica mordaz às instituições da época: a Igreja, o Exército, o poder político e a burguesia industrial com título nobiliárquico.

Este acolhimento realiza-se no âmbito do Circuito Ibérico de Artes Cénicas, da qual fazem parte, além da CTB, várias companhias de teatro portuguesas e espanholas.



SINOPSE:
Rafael de León e Primeiro de Rivera, humilha em público o capitão da Guardia Civil Vicente Paredes, o que o leva este a desafia-lo para um duelo até a morte por rumores, quintilhas humorísticas e comentários. E mesmo que as leis civis proíbam este acto desproporcional dos contendores, o massacre ocorre. Após um grande esforço de guerra, o Exército impõe seus critérios e em nenhum momento está sujeito à lei. Mas os factos não terminam aí: a Igreja, apesar de não ter a tutela e o controlo do cemitério, impõe à força a expulsão do cadáver do mesmo e ajudada pela polícia urbana o translada para o cemitério civil.

FICHA TÉCNICA 
texto | texto Pedro Álvarez-Ossorio, Miguel Martorell, Pepa Sarsa
encenação Pedro Álvarez-Ossorio
direcção musical Santiago Martínez
assistente de encenação Pepa Sarsa
cenografia Juan Ruesga
elenco Cristina Almazán, Javier Centeno, Paz de Alarcón, Íñigo Núñez
direcção de actores Juan Carlos Sánchez
trabalho vocal Julia Oliva
figurinos Carmen de Giles, Flores de Giles
desenho de luz Carmen Mori
estilismo Manolo Cortés
máscaras Fau Nadal
desenho gráfico Pedro Cabañas
grafismos de época Rocco Lombardi
fotografia Luis Castilla
vídeo La Buena Estrella
realização da cenografia Mundomontaje
equipa técnica Enrique Galera, Pablo Gil
distribuição Angélica Cruz
comunicação La Fundición / Surnames Narradores Transmedia
direcção de produção Marina Rodríguez
agradecimentos Teatro Clásico de Sevilla, Ana Álvarez-Ossorio / Swot Elipse, Teatro Municipal Mairena del Alcor / Centro de Documentación de las Artes Escénicas de Andalucía / José Manuel Peralta, Mario Copete (A6manos producciones)