Após celebrar os 35
anos de actividade, a CTB apresenta o seu novo espectáculo, uma co-produção com
Seiva Trupe. Teatro Vivo, a partir do texto de Jean Genet, AS CRIADAS.
No dia 21 de Outubro, a
CTB encerrou as comemorações do seu
35º aniversário de actividade com um Sarau no teatro Circo que contou, entre
outras coisas, com um concerto de
Jorge Palma e Vicente Palma.
Neste Sarau a CTB decidiu homenagear seis personalidades que
ao longo destes 35 anos, no âmbito das suas responsabilidades políticas,
empresariais, profissionais, artísticas ou outras, muito contribuíram para o
sucesso deste projecto. Foram elas: a actriz Ana Bustorff; o artista plástico e
cenógrafo Alberto Péssimo; o ex-produtor José Casimiro Ribeiro; o técnico de
palco Fernando Gomes; o engº. José Teixeira (Presidente do grupo dst) e o
ex-autarca de Braga o engº. Mesquita Machado.
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Fotografia Paulo Nogueira |
Rui Madeira disse, no Sarau que encerrou as comemorações dos
nossos 35 anos de actividade, que “é nossa convicção que o teatro torna
melhores aqueles que o fazem na esperança que melhore, também, aqueles que nos
assistem.”
Vamos continuar a fazer aquilo que fazemos melhor. Assim, no
dia 19 de Novembro, estreamos, no Theatro Circo, a nossa 130ª Produção, AS
CRIADAS de Jean Genet. O espectáculo terá ainda duas antestreias, nos dias 17 e
18 de Novembro.
Com AS CRIADAS de Genet, a CTB encerra
o ciclo Liberdade e Solidão a que nos
obrigamos desde 2013. Exactamente no
ano em que perfaz 30 anos da sua morte.
AS CRIADAS é uma co-produção CTB – Companhia de Teatro de
Braga / Seiva Trupe. Teatro Vivo. A encenação é de Rui Madeira e o elenco é
constituído por Sílvia Brito (CTB), Solange Sá (CTB) e Mariana Reis (
SeivaTrupe).
Horários
Antestreia -
17 e 18 de Novembro – 21h30 – Theatro Circo
Estreia - 19
de Novembro – 21h30 – Theatro Circo
20 de
Novembro – 16h00 – Theatro Circo
22 a 24 de
Novembro – 21h30 – Theatro Circo
30 de
Novembro – 21h30 – Teatro Gil Vicente
Sobre o autor
Jean
Genet (1910-1986)
“Genet é a obscenidade que segue a par
com a nobreza, o execrável e o sublime. Nascido de pai incógnito e logo
abandonado pela mãe num asilo da Assistência Pública, será nele – órfão com
vida apenas vivida em cenários de casas de correcção, prisões e espeluncas –
que o séc. XX encontrará um místico entre os que tem de maior estatura. Um anjo
que transporta a ferocidade em pleno rosto. O seu sonho permanente era
“reabilitar” a miséria humana, onde ele próprio, Genet, se encontrava.” (Yukio
Mishima, traduzido por Aníbal Fernandes para Hiena Editora)
A CTB encerra com estas “nossas” CRIADAS de Genet, o ciclo Liberdade e Solidão a que nos obrigamos desde 2013. Exactamente no ano
em que perfaz 30 anos da sua morte. Ele que abordado sobre o problema do tempo,
respondeu como Santo Agostinho “espero a Morte” e questionado sobre algum do
seu teatro (As Criadas, Os Negros, A Varanda…) nos deixou dito:
“Estou-me
nas tintas. Quis fazer peças de teatro. Cristalizar uma emoção teatral e
dramática. Se as minhas peças servirem os negros, não me importa. De resto, não
acredito nisso. Acho que a acção, a luta directa contra o colonialismo faz mais
pelos negros que uma peça de teatro. E também acho que o sindicato do pessoal
doméstico faz mais pelas criadas que uma peça de teatro. Procurei fazer ouvir
uma voz profunda que os negros e as demais criaturas não conseguiram fazer
ouvir. Um crítico disse que “as criadas não falam assim”. Falam assim. Mas só
comigo e à meia-noite. Se me disserem que os negros não falam assim,
responderei que ouviremos mais ou menos aquilo se encostarmos o ouvido ao seu
coração. Temos de saber ouvir o que não está formulado.” Jean Genet