Como uma caixa dentro de uma caixa dentro de uma caixa, o autor é o “escrevedor”, o encenador o “transcritor”, o actor o “fazedor”, o cenógrafo o “desenhador” de uma mesma e plural história(s). E assim como duplos no espelho reflectem as variadas leituras possíveis destas ideias/imagens e deixam ainda um espaço reflexivo onde os espectadores também poderão reflectir as suas figuras interiores.
Este espectáculo é a continuação de um projecto iniciado nesta Companhia com o “Tepluquê”, onde os escaravelhos já espreitavam entre as palavras e as acções. Agora eles, os escaravelhos, estes seres do escuro e símbolos da morte, tomam o poder. Poder este que vem das profundezas, do nosso mundo das sombras, para iluminar recantos esquecidos das nossas pessoas crescidas, revelando que o que temos de mais precioso é este lado lúdico que ama os sonhos e o desconhecido.
José Caldas
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