21/07/11

Falta uma semana para a estreia



Jardim
Autoria e encenação de Alexej Schipenko
28 a 30 de Julho – 21h30
Pequeno Auditório do Theatro Circo 




A CTB – Companhia de Teatro de Braga apresenta, em estreia, no Pequeno Auditório do Theatro Circo, no próximo dia 28 de Julho (21h30), Jardim, “a história secreta nunca antes contada” de Pedro e Inês. 

Alexej Schipenko, autor e encenador de “Jardim”, procura com este espectáculo “criar a imortalidade do amor”, não resumindo o foco de atenção aos factos da história em si, mas à forma como esta pode ser contada. E esta é contada pela falecida Inês, através de um diário, numa espécie de recordação do que aconteceu e de como aconteceu. Pela voz da própria é feita a descrição do ambiente que rodeou a sua vida e a sua visão da corte e dos cortesãos, das intrigas, e do castigo dos seus próprios assassinos.

É extensa a lista de obras que, no domínio da poesia, da ficção e do teatro, abordam a tragédia de Inês de Castro. O que à partida podia ser curioso é o autor desta peça ser russo, mas deixa de o ser se atendermos que, o dramaturgo, encenador, actor e músico, Alexej Schipenko trabalha há anos sobre este tema – em 2008 escreveu e dirigiu na Berlin United “Love”, um espectáculo sobre Pedro e Inês – e mantém desde há muitos anos uma colaboração regular com a CTB. A cooperação que se iniciou com a estreia do seu texto “A Vida de Komikaze” (2004), dirigido por Rui Madeira, prolongou-se com “A Vida como Exemplo” e “Praça de Touros” (2006), escritas propositadamente e encenadas para a CTB por Schipenko. E continuou com a peça “Último Acto/A Arte do Futuro”, em co-autoria com Anna Langhoff, dirigida por esta em 2006 e por Rui Madeira em 2011, e “Os Lusíadas” (2008), a partir da obra de Luís de Camões, também com encenação do autor russo. Com “Jardim”, Alexej Schipenko volta à CTB para juntos cumprirem um dos vectores do projecto artístico: a partilha de experiência e de práticas sobre o fazer teatral com a Europa e a Lusofonia.

A história de Pedro e Inês também não é nova no percurso da CTB, em 1998, a Companhia levou à cena “Castro”, de António Ferreira, dirigida por Antonino Solmer, e, em 2001, “O Amor Assassinado: Inês e Pedro”, de Hugo Löetcher, texto inédito, dirigido por Rui Madeira e apresentado no Mosteiro de Tibães, em Braga, no âmbito do VI Encontro Luso-Alemão de Cultura, organizado pela Secção dos Estudos Germanísticos da Universidade do Minho.

“Jardim” (109ª Produção, M/16) está em cena no Pequeno Auditório do Theatro Circo de 28 a 30 de Julho, e regressa em Setembro, de 8 a 10, 13 a 16, 20 a 23, sempre às 21h30. Com autoria e encenação de Alexej Schipenko; tradução de António Pescada; interpretação de André Laires, Carlos Feio, Frederico Bustorff Madeira, Jaime Monsanto, João Chelo, Rogério Boane, Rui Madeira, Solange Sá, Thamara Thais; o espectáculo marca também o regresso de Samuel  Hof à CTB – após “Os Lusíadas” e “As Bacantes” – com cenografia e figurinos a seu cargo. O desenho de luz é de Fred Rompante, a criação vídeo de Frederico Bustorff Madeira e a criação sonora de Luís Lopes.

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