24/02/12

"Ifigénia em Áulis" de Eurípides na Fonte do Ídolo




Comunidade de Leitura Dramática
Projecto BragaCult
Leitura pública da tragédia grega: “Ifigénia em Áulis” de Eurípides
27 de Fevereiro – 21h30
Fonte do Ídolo, Braga


Depois do Salão Nobre do Theatro Circo, a Comunidade de Leitura Dramática muda-se para um outro espaço nobre da cidade de Braga: a Fonte do Ídolo, e aí realiza um ciclo de leituras de textos dramáticos sobre a Cultura Clássica Grega.

Dinamizada no âmbito do projecto BragaCult da responsabilidade da Companhia de Teatro de Braga, e em colaboração com o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga e o Theatro Circo, a oficina orientada por Rui Madeira realiza a sua primeira sessão no monumento na próxima segunda-feira (dia 27), às 21h30, com a leitura pública de “Ifigénia em Áulis”, de Eurípides. A obra retrata o sacrifício de Ifigénia, a filha de Agamémnon, de cuja imolação a armada grega, retida na praia de Áulis, depende para prosseguir viagem para a Guerra de Tróia. Perante o sacrifício exigido pela deusa Ártemis, Agamémnon convence Clitemnestra a trazer a filha no engodo dum pretenso casamento com Áquiles. Chegada com Ifigénia, a mãe, ao descobrir o engano, maldiz o marido, enquanto Ifigénia, superado o choque, se oferece por amor à pátria.

As próximas sessões estão agendadas para 26 de Março com a obra “Electra” de Sófocles; 16 de Abril: “Coéforas” de Ésquilo; 30 de Abril: “Filoctetes” de Sófocles; e 28 de Maio: “Troilus e Créssida” de Shakespeare, sempre às 21h30 e com entrada livre na Fonte do Ídolo. Situado na Rua do Raio, freguesia de S. José de S. Lázaro, em Braga, o santuário rupestre edificado no século I d.C. consiste numa fonte de água com inscrições e figuras esculpidas num afloramento natural de granito. A obra foi encomenda, como consta da inscrição situada no topo superior esquerdo, por Celicus Fronto, da gens (família) dos Ambimogidi (Ambimogodos), natural de Arcobriga, que no monumento aparece representado, do lado direito, sob a forma de busto masculino dentro de uma edícula. No frontão estão ainda representados os símbolos das divindades Tongo Nabiagus (o martelo) e Nabia (a pomba). Na base deste nicho brota a referida fonte, cuja água corre para um tanque. Do lado direito, junto à inscrição que perpetuou o encomendante, uma escultura de vulto imperfeito representa uma figura masculina togada segurando em ambas as mãos um objecto que tem sido interpretado, pela maioria dos autores, como uma cornucópia. A figura, como parece ser consensual, representa a divindade. Neste santuário foi ainda encontrada uma ara consagrada à deusa Nabia. Apesar de ser dedicado a deuses autóctones, o santuário da Fonte do Ídolo possui um marcado estilo clássico.

Recorde-se que este Ciclo de Leituras pretende criar o ambiente para a apresentação integral da trilogia “Oresteia” (Agamémnon, Coéforas e Euménides), de Ésquilo, que a CTB estreará em Junho/Julho, com encenação de Rui Madeira, no âmbito de Braga 2012 – Capital Europeia da Juventude, numa co-produção com o Teatro Municipal de Almada, o Teatro Constantino Nery de Matosinhos, o Theatro Circo e o Grupo Dragão Sete de São Paulo (Brasil).

BragaCult é um Projecto da responsabilidade da Companhia de Teatro de Braga no âmbito das parcerias para a Regeneração Urbana do Centro Histórico de Braga e Regeneração Urbana do Rio Este, co-financiado pelo “ON.2 – O NOVO NORTE”, QREN através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Câmara Municipal de Braga, no valor global de 304.350,00€.

20/02/12

É já na próxima semana...



A Comunidade de Leitura Dramática, da responsabilidade da CTB – Companhia de Teatro de Braga, dinamizada no âmbito do projecto BragaCult, realiza na Fonte do Ídolo, em Braga, um Ciclo de Leituras de textos dramáticos sobre personagens mitológicas da Cultura Clássica Grega. A primeira sessão decorre no próximo dia 27 de Fevereiro, às 21h30 (entrada livre), com a leitura de “Ifigénia em Áulis” de Eurípides.

O Ciclo de Leituras abordará a (volta da) guerra de Tróia, as consequências para os “vencedores” e o papel que alguns personagens tiveram no desenrolar dos acontecimentos, que fundaram a identidade cultural europeia. Factos e personagens aparentemente tão esquecidos nos tempos que correm e que a CTB irá recuperar com a apresentação integral da trilogia “Oresteia” (Agamémnon, Coéforas e Euménides), de Ésquilo, com encenação de Rui Madeira e estreia prevista para Junho/Julho, no âmbito de Braga 2012 – Capital Europeia da Juventude, numa co-produção com o Teatro Municipal de Almada, o Teatro Constantino Nery de Matosinhos, o Theatro Circo e o Grupo Dragão Sete, de São Paulo (Brasil). A produção contará com a participação de actores portugueses, africanos e brasileiros e será apresentada em Portugal e no Brasil.
Continuando na busca de um teatro político, Rui Madeira estabelece uma ponte com a actual Europa decadente de valores morais e encena “Oresteia” como parábola da “família (europeia) desavinda”, que “tem de libertar-se e acabar de vez com os velhos deuses”, sendo certo que “esta guerra é para ser ganha pelo Coro dos cidadãos de Atenas”.

Este Ciclo decorrerá nos próximos meses, num espaço nobre da cidade de Braga: a Fonte do Ídolo, numa colaboração estreita com o gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga e o Theatro Circo. Momento privilegiado para usufruir de um dos Lugares de maior relevância na matriz identitária da Cidade.

O programa do Ciclo de Leituras é o seguinte:
Dia 26 de Março: “Electra” de Sófocles
Dia 16 de Abril: “Coéforas” de Ésquilo
Dia 30 de Abril: “Filoctetes” de Sófocles
Dia 28 de Maio: “Troilus e Créssida” de Shakespeare

Sempre às 21.30h e com entrada livre.

BragaCult é um projecto da responsabilidade da Companhia de Teatro de Braga no âmbito das parcerias para a Regeneração Urbana do Centro Histórico de Braga e Regenração Urbana do Rio Este, co-financiado pelo “ON.2 – O NOVO NORTE”, QREN através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Câmara Municipal de Braga, no valor global de 304.350,00€.

03/02/12

A luta entre o bem e o mal no Theatro Circo



Auto da Barca do Inferno
de Gil Vicente

14 e 15 de Fevereiro – 11h* + 15h*
16 de Fevereiro – 15h* + 21h30
17 de Fevereiro – 11h* + 15h*
Sala Principal do Theatro Circo

A CTB – Companhia de Teatro de Braga leva à cena Auto da Barca do Inferno, a alegoria dramática de Gil Vicente. A peça, designada pelo autor como um “Auto de Moralidade”, tem encenação de Rui Madeira e está em cena este mês na Sala Principal do Theatro Circo. A reposição integra sessões escolares, mediante marcação, de 14 a 17 de Fevereiro, às 11h e às 15h, à excepção do dia 16 em que apenas há uma sessão diurna às 15h, à qual se segue uma sessão aberta ao público em geral pelas 21h30.

O espectáculo, uma adaptação moderna e cómica do clássico português, retrata a clara oposição entre o bem e o mal sob a forma de julgamento. Através da brilhante metáfora do tribunal, com o Anjo e o Diabo a sentenciarem a alma daqueles que deixaram a vida terrena e procuram a passagem para o paraíso, Gil Vicente põe a nu os vícios das diversas ordens sociais e denuncia a "podridão" da sociedade portuguesa do século XVI.

Auto da Barca do Inferno, produção estreada em 2007, conta já com 113 representações e cerca de 19000 espectadores.

Será que a maledicência, o orgulho, a usura, a concupiscência, a venalidade, a petulância, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez, o falso moralismo cristão…. têm entrada directa no paraíso? Ou terão de passar pelo Purgatório? Ou vão directamente ao Inferno? E a pé, de pulo ou voo? Aliás, onde fica e como designamos o Lugar onde estamos? E que paraíso buscamos?
Uma revisão da CTB em demanda da modernidade sobre o texto Vicentino e o prazer do jogo teatral.
Um espectáculo sobre a nossa memória identitária.
Rui Madeira
Autor: Gil Vicente | Encenador: Rui Madeira | Elenco: Alexandre Sá, André Laires, Carlos Feio, Jaime Soares, Rogério Boane, Solange Sá, Thamara Thais | Figurinos: Sílvia Alves | Espaço cénico: Rui Madeira | Desenho de som: Pedro Pinto | Desenho de luz: Fred Rompante | Fotografia: Manuel Correia, Paulo Nogueira

Bilhetes: 10€ (adultos) | 5€ (crianças, estudantes, reformados e protocolos) | 4€ (grupos - mínimo de 10 pessoas)
M/6

*sessões para grupos escolares, mediante marcação