No dia 27 de Julho, tivemos o último espectáculo da primeira
metade da temporada da Companhia de Teatro de Braga (CTB). Tivemos o prazer de
acolher a Companhia de Teatro de Almada, na Sala Principal do Theatro Circo,
com a peça O Feio de Marius von Mayenburg.
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O Feio (Companhia de Teatro de Almada) |
A CTB regressa, logo no início de Setembro (6 a 9), com a
reposição de
No Alvo, de Thomas Bernhard. Espectáculo, estreado em 2015, com
encenação de Rui Madeira e elenco constituído por Sílvia Brito, Solange Sá,
Eduarda Filipa e Frederico Bustorff. Em Maio, na digressão ucraniana da CTB
(pelas cidades de Kherson, Kiev, Bila Tserkva e Mykolaiv) Sílvia
Brito (no papel de
Mãe) foi considerada a melhor actriz do festival de teatro
Melpomena Tavryy.
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A Mãe (Sílvia Brito) em No Alvo (Foto: Paulo Nogueira) |
No dia 12 de Setembro, a Companhia Tranvía Teatro (Saragoça)
– numa co-produção com Teatro del Astillero – apresenta no Pequeno Auditório do
Theatro Circo Milagro, de Luís Miguel
González Cruz. O espectáculo encenado por Cristina Yáñez propõe-nos que pensemos
sobre “o que aconteceria a alguém que, depois de ressuscitar, muda por completo
de ideias, de personalidade e de forma de ser? É outra pessoa? Que aconteceria
com o seu amor? Se apaixonar-se é um milagre, o que aconteceria a um
ressuscitado? Voltaria a apaixonar-se pela mesma pessoa por quem se apaixonou
antes de morrer?” Com Chema Ruiz, Maribel Bravo e Javier Anós.
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Emma (Maribel Bravo) e Andrés (Chema Ruiz) em Milagro |
Continuando sob o signo de Viagem, apresentaremos dois espectáculos do nosso reportório em
Portugal e Espanha. O primeiro, no dia 16, no Teatro Regional da Serra de
Montemuro, é Ainda o Último Judeu e os
Outros. O texto escrito (propositadamente para a CTB) e dirigido por Abel
Neves conta a história de Daniel, um jovem de ascendência judia e obcecado com
o genocídio dos judeus durante a II Guerra Mundial. Daniel convoca os pais para
um encontro num local remoto que será palco de um desfecho inusitado.
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Ainda o Último Judeu e os Outros, escrito e dirigido por Abel Neves |
Logo no dia seguinte, 17 de Setembro, viajamos para Saragoça
onde apresentaremos o espectáculo que estreamos este ano: Os Cegos de Maurice
Maeterlinck. “Estes cegos estão afinal num trânsito forçado para o
Desconhecido, quiçá para a Morte. Estão afinal presos, paralisados e suspensos
pelos sentidos. Pela escuta. Estão unidos no silêncio, pelas Trevas. Na espera
de uma Palavra dita. Na identificação do Outro. E estão Sós. Lemos o ateu
Maeterlinck e seu Os Cegos, como um teatro de Almas penadas que vagueiam num
Lugar Inferno chamado Europa. São almas refugiadas, despidas, despojadas de
Tudo em busca de Paz.” Um espectáculo criado para comemorar os 10 anos da
Comunidade de Leitura de Textos dramáticos e no qual participam cidadãos de
braga e pessoas de outros países (Paquistão, Nepal, Congo…) que por razão do
mundo conturbado em que vivemos estão a viver nesta cidade.
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Os Cegos - um espectáculo no escuro, uma tragédia na Europa. (Foto: Paulo Nogueira) |
De 29 de Setembro até 4 de Outubro, apresentamos, em Braga,
a História do Cerco de Lisboa. A CTB – numa co-produção com A Companhia de
Teatro do Algarve, Companhia de Teatro de Almada e o Teatro dos Aloés (Amadora)
– leva a cena, no Theatro Circo, um espectáculo encenado por Ignacio Garcia e
dramaturgia de José Gabriel Antuñano a partir do texto homónimo de José Saramago.
Um elenco de excelência com caras bastante conhecidas do público: Ana Bustorff,
Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luís Vicente, Pedro
Walter, Rui Madeira e Tânia Silva. “Quatro companhias do teatro independente
reúnem-se para uma realização rara de serviço público cultural: criar um
espectáculo a partir de um romance do Prémio Nobel da Literatura português que
será apresentado, após a estreia em Almada (5 e 6 de Julho, no 34º Festival de Almada),
em Braga, na Amadora e em Faro, num total de 37 representações. Para Ignacio
Garcia, o romance de Saramago consiste sobretudo na história de um “não”, e
numa reflexão sobre os mecanismos da criação literária. Para além das personagens
principais do romance, para a dramaturgia de José Gabriel Antuñano é também
convocado o próprio José Saramago, que estabelece um diálogo com o revisor
Raimundo, o protagonista desta história – que também é de amor.”
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Luís Vicente e Ana Bustorff em História do Cerco de Lisboa
De Janeiro a Julho a Companhia de Teatro de Braga apresentou 12 espectáculos (próprios e/ou em co-produção) em 19 cidades nacionais e estrangeiras (Ucrânia, Espanha e Brasil), 10 espectáculos de acolhimento (Teatro de Kherson (Ucrânia), Chévere (Espanha), A Companhia de Teatro do Algarve (Portugal), Teatro Art'Imagem (Portugal), Tranvía Teatro (Espanha), Arden Producciones (Espanha), Teatro da Serra de Montemuro (Portugal), CENDREV (Portugal), Companhia de Teatro de Almada (Portugal)), num total de quase 80 representações.
Até ao final do ano, além de várias representações (em Portugal e no estrangeiro) dos espectáculos já em reportório, a CTB irá estrear mais duas peças: Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco (especialmente dirigido ao público escoloar) e Imprudência de Ivan Tourgueniev.
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