24/07/17

O Feio da Companhia de Teatro de Almada encerra a primeira metade da temporada da CTB

A primeira metade da temporada de 2017 está quase terminada. Antes da interrupção para férias, a Companhia de Teatro de Braga irá acolher um excelente espectáculo da Companhia de Teatro de Almada: O Feio de Marius Von Mayenburg.

A peça, encenada por Toni Cafiero, sobe ao palco da Sala Principal do Theatro Circo, no dia 27 de Julho, às 21h30. O Feio estreou, em 2016, no 33º Festival de Almada. Desde logo, considerado pela crítica e o público um êxito. Javier Villán, crítico do jornal espanhol El Mundo, aquando da ante-estreia, escreveu que “O Feio tem o ritmo de um vaudeville agradável, de uma alta comédia inclinada para o absurdo mais puro, contaminada pelo absurdo existencialista. Um diálogo agilíssimo, arguto e muito humor. E excelentes intérpretes que se desdobram em várias personagens”.

Uma crítica mordaz sobre a sociedade de consumo assente nas aparências e na imagem pessoal dos indivíduos. Um espectáculo extraordinário em que Villán destaca, ainda, a expressividade gestual e domínio do corpo por parte do elenco. O cenário, a iluminação e os figurinos completam um trabalho riquíssimo em que nada foi, obviamente, deixado ao acaso.

O FEIO


O FEIO

de Marius von Mayenburg
encenação de Toni Cafiero

O senhor Lette, um inventivo engenheiro, descobre algo de aflitivo: é insuportavelmente feio. Por que é que ninguém ainda lho tinha dito? Após muita insistência, a sua mulher acaba por confessar-lho. Recorre-se à intervenção cirúrgica, e o renascimento de Lette como um homem belo e irresistível granjeia-lhe fama imediata. O cirurgião que o opera gosta tanto da sua obra que a regista e repete em série. O superior de Lette passa a utilizar a beleza do seu colaborador para atrair investidores ricos, mas o idílio da fama não será duradouro: à medida que se criam duplos, o valor de Lette diminui. E mesmo a sua mulher acabará por “desvalorizá-lo” também.

Marius von Mayenburg nasceu em Munique em 1972, tendo-se formado em Alemão Antigo. Em 1922 muda-se para Berlim, onde estuda dramaturgia entre 1994 e 1998. Em 1998 passou a integrar a direcção artística da Baracke, a sala experimental do Deutsches Theater de Berlim. A partir de 1999, juntamente com Thomas Ostermeier, muda-se para a Schaubühne am Lehniner Platz, onde permanece como dramaturgista residente.

Toni Cafiero formou-se na escola Jacques Lecoq, em Paris, e na Academia de Belas-Artes de Bolonha, onde cursou Cenografia. Como encenador trabalhou em Espanha, França, Áustria, Estados Unidos, Croácia, Argélia, Portugal, Turquia e, na área da formação, foi convidado pela RESAD de Madrid, pelo Instituto de Teatro de Barcelona, pelos Conservatórios de Nantes, Montpellier e de Sète, pela Escola Nacional de Chaillot, em Paris, e pela New York University.
Intérpretes André Pardal, João Farraia, João Tempera e Maria João Falcão
Tradução Elena Probst e Rodrigo Francisco
Cenografia E Luz Toni Cafiero e Guilherme Frazão
Figurinos Sandra Dekanic
Selecção Musical Toni Cafiero
Movimento Catarina Câmara e Francesca Bertozzi
Desenho De Som Miguel Laureano
Assistente De Encenação Catarina Barros

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