30/05/08

AUTO DA BARCA DO INFERNO


A CTB estará presente no XIII FESTEIXO – Festival de Teatro do Eixo Atlântico com a peça Auto da Barca do Inferno.
Após digressão por São Paulo e Bahia (Brasil), Aveiras de Cima, Porto e Espinho, a peça da autoria de Gil Vicente será apresentada no Teatro Municipal Sá de Miranda - Viana do Castelo, no dia 5 de Junho, pelas 22h.


Sinopse:
Será que a maledicência, o orgulho, a usura, a concupiscência, a venalidade, a petulância, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez, o falso moralismo cristão… têm entrada directa no Paraíso? Ou terão de passar pelo Purgatório? Ou vão directamente ao Inferno? E a pé, de pulo ou voo? Aliás, onde fica e como designamos o Lugar onde estamos? E que paraíso buscamos?Uma revisão da CTB, em demanda da modernidade sobre o texto Vicentino e o prazer do jogo teatral.Um espectáculo (na sequência de Pára-me de Repente) sobre a nossa memória identitária.


Autor: Gil Vicente
Encenador: Rui Madeira
Figurinos: Sílvia Alves
Actores: Carlos Feio, Rogério Boane, Teresa Chaves, Rui Madeira, Solange Sá, Jaime Soares, Alexandre Sá
Desenho de luz: Fred Rompante
Espaço Cénico: Rui Madeira
Operador de Luz: Vicente Magalhães
Desenho e operação de Som: Pedro Pinto
Fotografias: Manuel Correia
Grafismo: Carlos Sampaio

09/05/08

OS LUSÍADAS vistos pelo encenador


OS LUSÍADAS são um produto do génio e do tempo em que foram escritos. A primeira coisa que tentámos fazer foi transformar o texto numa forma visual, de modo a separar esses dois níveis. Ou seja: o importante não é AQUILO que acontece mas COMO é que acontece.

A principal situação inscrita no poema é uma VIAGEM, um trajecto, um estado de trânsito. O texto contém outras situações que HOJE têm um impacto menor. Nos nossos dias o oceano é comparável ao espaço sideral e a verdade é que sabemos quase tudo acerca da colonização, etc.

A questão é QUEM escreveu esta viagem, quem está dentro do poema. Luís de Camões viveu e morreu como um cão. Solitário. Pobre. Uns escassos 56 anos de vida. A ele devemos o texto. A ele devemos uma nacionalidade. Camões usou palavras maravilhosas para criar o corpo espiritual de uma nação.

O terceiro nível dos Lusíadas é um imenso conhecimento secreto. Camões escreveu centenas de páginas recheadas de nomes como Júpiter, Vénus, Andrómeda, etc. Para quê? Para quê tanta artilharia mitológica? Deuses, planetas, heróis, criminosos e perdedores faziam parte da sua intimidade.

05/05/08

OS LUSÍADAS vistos pelo director da CTB


Os Lusíadas, o Schipenko e a Companhia

Agora é o tempo de vos apresentar um projecto que andava no ar há cerca de 3 anos. Estão convidados a assistir, tão confortavelmente quanto possível, a partir dos novos espaços do Teatro Circo, ao espectáculo da vida a bordo da Nave Especial, onde um pequeno, mas aguerrido grupo de portugueses, prossegue a saga de querer “dar novos mundos ao mundo”.
Uma longa, estranha e assombrosa Viagem no Tempo, vivida por um punhado de Lusos, projectados num Futuro e tornados heróis pela Ideia e pela Pena de Luís de Camões.
Luís, Luís Ideias, Luísidias, Lusíadas.

Na relação artística privilegiada que mantemos com Alexej Schipenko, há muito que decidimos submeter-nos à experiência de lhe entregar A Obra Portuguesa.
Momento solene e grave. Tratou-se de entregarmos a outrem (que respeitamos artística e intelectualmente) um pedaço, grande, da nossa identidade, para em conjunto a submetermos a um outro olhar / o dele.

Mudar a Forma! É a ideia para alterar as práticas.

Fazemos parte de uma geração que genericamente “aprendeu” os Lusíadas pelo “lado errado da noite”. Fomos ensinados a desgostar dos Lusíadas, como fomos formatados para não pensar, imaginar ou questionar. A Palavra era / é perigosa! E usá-la com “respeitinho é / era muito bonito”, como dizia o Poeta. E assim, tanto os Lusíadas, (essa Bíblia) que os Portugueses deviam ter na outra mesinha de cabeceira, como Os Sonetos, como quase toda a Grande Literatura, vai desaparecendo do nosso imaginário, das “nossas viagens”.

Este é, portanto, o Tempo da Companhia de Teatro de Braga, no seguimento do trabalho que desenvolveu com Auto da Barca do Inferno, vos Convidar a mais uma Viagem no Universo da Língua e da Literatura Portuguesa. Através do Teatro, do nosso teatro e da nossa prática teatral. Tentando sempre mudar a forma, como preconiza Schipenko.
É uma Viagem, que queremos alegre e divertida, que vos propomos com O Luís, O Vasco, O Adamastor, Os Mouros, O rei de Melinde, As Ninfas…
Não Falte!
Rui Madeira

OS LUSÍADAS


Tal como anunciado, Os Lusíadas são a nova produção da CTB. Tendo por base o clássico homónimo de Luís Vaz de Camões, a peça tem ante-estreia e estreia marcadas para 9 e 10 de Junho, às 21h30, no Pequeno Auditório do Theatro Circo.
O espectáculo tem, também, sessões previstas para escolas que decorrerão nos dias 11, 12 e 17 de Junho, mediante marcação.

Informações e reservas pelos telefones 253 217 167 / 253 613 382.

AUTO DA BARCA DO INFERNO


A CTB apresenta Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, na próxima quinta-feira (8 de Maio), no Auditório de Espinho. Especialmente dirigida aos alunos do 3.º ciclo do ensino básico, a peça será apresentada em sessão dupla 10h30 – esgotada – e 15h.
Sendo ainda possível reservar lugares para a sessão da tarde, os interessados deverão contactar André Gomes, pelos telefones: 227 341 145 / 227 340 469.