05/05/08

OS LUSÍADAS vistos pelo director da CTB


Os Lusíadas, o Schipenko e a Companhia

Agora é o tempo de vos apresentar um projecto que andava no ar há cerca de 3 anos. Estão convidados a assistir, tão confortavelmente quanto possível, a partir dos novos espaços do Teatro Circo, ao espectáculo da vida a bordo da Nave Especial, onde um pequeno, mas aguerrido grupo de portugueses, prossegue a saga de querer “dar novos mundos ao mundo”.
Uma longa, estranha e assombrosa Viagem no Tempo, vivida por um punhado de Lusos, projectados num Futuro e tornados heróis pela Ideia e pela Pena de Luís de Camões.
Luís, Luís Ideias, Luísidias, Lusíadas.

Na relação artística privilegiada que mantemos com Alexej Schipenko, há muito que decidimos submeter-nos à experiência de lhe entregar A Obra Portuguesa.
Momento solene e grave. Tratou-se de entregarmos a outrem (que respeitamos artística e intelectualmente) um pedaço, grande, da nossa identidade, para em conjunto a submetermos a um outro olhar / o dele.

Mudar a Forma! É a ideia para alterar as práticas.

Fazemos parte de uma geração que genericamente “aprendeu” os Lusíadas pelo “lado errado da noite”. Fomos ensinados a desgostar dos Lusíadas, como fomos formatados para não pensar, imaginar ou questionar. A Palavra era / é perigosa! E usá-la com “respeitinho é / era muito bonito”, como dizia o Poeta. E assim, tanto os Lusíadas, (essa Bíblia) que os Portugueses deviam ter na outra mesinha de cabeceira, como Os Sonetos, como quase toda a Grande Literatura, vai desaparecendo do nosso imaginário, das “nossas viagens”.

Este é, portanto, o Tempo da Companhia de Teatro de Braga, no seguimento do trabalho que desenvolveu com Auto da Barca do Inferno, vos Convidar a mais uma Viagem no Universo da Língua e da Literatura Portuguesa. Através do Teatro, do nosso teatro e da nossa prática teatral. Tentando sempre mudar a forma, como preconiza Schipenko.
É uma Viagem, que queremos alegre e divertida, que vos propomos com O Luís, O Vasco, O Adamastor, Os Mouros, O rei de Melinde, As Ninfas…
Não Falte!
Rui Madeira

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