Feliz Natal e um melhor ano de 2010
23/12/09
Digressão 2009
17 e 18 de Fevereiro – Teatro Constantino Nery - Matosinhos
26 de Setembro - Centro da Cultura - Sertã
8 de Outubro - Auditório Mirita Casimiro - Viseu
12 e 13 de Outubro - Teatro Sá da Bandeira - Santarém
15 de Outubro - Centro Cívico e Social - Mêda
18 de Dezembro - Cineteatro Municipal de Almodôvar
As Bacantes
21 e 22 de Fevereiro - Teatro Garcia de Resende - Évora
7 e 8 de Março - Teatro da Cerca de São Bernardo - Coimbra
21 de Abril - Teatro Oficina, S. Paulo – Brasil
25 de Abril - Teatro Municipal Lulu Benencase de Americana, S. Paulo - Brasil
28 de Abril – Teatro da Cidade do Saber, Camaçari - Brasil
Preconceito Vencido
21 de Março – Polivalente da Escola Básica Integrada de Forjães - Esposende
22 de Abril - Oficina Amácio Mazzaropi, S. Paulo – Brasil
29 de Abril – Teatro da Cidade do Saber, Camaçari - Brasil
Concerto "à la carte"
13 de Junho (III Festival das Companhias Descentralizadas) - Auditório Municipal de Cultura de Castro Daire
12 e 13 de Dezembro - Auditorium Comunale, Cagliari - Itália
07/12/09
Digressão a Itália
Com esta apresentação, cumpre-se o projecto de intercâmbio realizado entre a CTB e a sua congénere italiana, Compagnia B, que em Setembro apresentou no Theatro Circo Passeggiata.
Encenação de Rui Madeira
Assistentes de encenação Frederico Bustorff Madeira, Solange Sá
Tradução de Maria Adélia Silva Melo
Cenografia de Carlos Sampaio
Figurinos de Sílvia Alves
Desenho de luz de Fred Rompante
Desenho de som de Pedro Pinto
Fotografia de Paulo Nogueira
30/10/09
29/10/09
A CTB procura
enviar CV para:
26/10/09
SABINA FREIRE
22/10/09
PRÉMIO SANTARENO DE TEATRO – ESPECIAL
O prémio será entregue na Grande Gala Santareno, a realizar no próximo dia 22 de Novembro, pelas 21h30, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
08/10/09
SABINA FREIRE
Terça a sábado – 21h30
Teatro da Cerca de São Bernardo (Coimbra)
19 de Novembro a 3 de Dezembro
Terça a sábado – 21h30
Domingo – 16h00
Construído a partir de um texto notável de Manoel Teixeira-Gomes (Portimão, 1860 - Bougie, Argélia, 1941), intelectual de elevada craveira, estadista, escritor e, também, Presidente da República entre 1923/1925, quando o regime parlamentar atravessava alguns dos seus momentos mais críticos. Como diplomata coube-lhe enfrentar situações de grande complexidade, como combater a hostilidade das monarquias europeias perante o regime republicano implantado.
Sabina Freire foi considerado por Fialho D’Almeida: “uma obra-prima, o mais estranho trabalho que há 20 anos tem aparecido. O teatro Português moderno não tem nada que se lhe compare. Radia génio.”
O espectáculo, no âmbito das Comemoração do Centenário da República, percorrerá o país ao longo de 2010.
Ficha Artística:
Encenação: Rui Madeira
Elenco:
Actores da CTB: Solange Sá (Sabina Freire), André Laires (Júlio Freire), Jaime Soares (Dr. Fino), Carlos Feio (Padre Correia e Procurador Ferreira), Thamara Thaís (Francisca).
Actores d’A Escola da Noite: Sílvia Brito (Maria Freire), António Jorge (Augusto César e Ministro), Ricardo Kalash (Epifânio), Miguel Magalhães (Josezinho Soares), Lina Nóbrega (Josefina).
Cenografia: Rui Anahory
Figurinos: Sílvia Alves
Desenho de Luz: Fred Rompante
Criação de Som e Imagem: Luís Lopes
Criação Gráfica: Carlos Sampaio
Bilhetes Theatro Circo: 10€ (desconto de 50%: estudantes, reformados e protocolos)
Preço especial para famílias
07/10/09
02/10/09
30/09/09
29/09/09
28/09/09
25/09/09
24/09/09
03/09/09
Compagnia B apresenta Passeggiata
pela
Compagnia B (Itália)
15 e 16 de Setembro – 21h30
Sala Principal do Theatro Circo
Esta apresentação decorre no âmbito de um intercâmbio celebrado entre as duas companhias, projecto que em Dezembro, dias 12 e 13, levará a CTB a Itália, para exibir Concerto "à la carte".
Sinopse:
A e B não se vêem há anos.
Nos momentos cruciais das suas vidas têm feito escolhas diferentes, muitas vezes opostas.
Anónimas, compartilham os seus pensamentos por meio de email e redes sociais
Hoje, finalmente, reencontram-se para juntas fazerem um passeio na Sardenha, escolhida não por acaso para um encontro tão esperado e cheio de expectativas.
O que vai acontecer? Como mudaram depois de tantos anos? Conhecem-se verdadeiramente?
Caminham juntas: descem das montanhas para o mar, através das florestas e minas. Vistas deslumbrantes, sol magnífico, um dia perfeito.
Acompanhadas pelo ritmo incessante da marcha, A e B mostram as suas diferenças num divertido crescendo de situações que as colocam à prova. Contam coisas. Falam muito, mas dizem pouco.
Estudam-se. Controlam, verificam.
Encontram-se, confrontam-se. E chocam.
Caem no escuro, onde permanecem, até finalmente ver.
São sempre mais azuis os mares que não navegamos.
Passeggiata é um texto sobre a ambiguidade da amizade.
No encontro com o outro procura-se o reflexo da própria imagem, a mistura do que somos. Ou não somos.
Elenco
A - Lea Karen Gramsdorff
B - Alice Capitanio
Autoria e encenação: Stefanie Tost
Dramaturgia: Lea Karen Gramsdorff
Video: Giovanni Columbu
Figurinos: Patrizia Camba
Música: Allessio Santoni
Desenhode luz: Loic Hamelin
Técnico de cena: Valerio Contini
Assistente de encenação: Lorenza Astengo
Organização: Cristiano Sorrentino
Responsável de produção: Luca Sorrentino
Bilhetes: 10€ (desconto de 50%: estudantes, reformados e protocolos).
27/07/09
Criação artística em Portugal: contributos para uma nova política
1
Entre 2001 e 2009, o orçamento do Ministério da Cultura baixou de 300 para 213 milhões de Euros. O peso do orçamento do Ministério no Orçamento Geral do Estado passou de 0,7 para 0,3%.
Ao fazer recentemente o balanço da actuação do seu executivo, o Primeiro-Ministro reconheceu, como em relação a nenhuma outra área, que o investimento público na Cultura ficou aquém do que seria desejável. Posteriormente, afirmou constituir a Cultura uma “prioridade” sua na próxima legislatura.
Relativamente a esta matéria, espera-se que todos os partidos exprimam com clareza a sua posição e, obviamente, antes das eleições. Importa saber que políticas propõem para o sector os candidatos ao Governo.
2
Em Outubro de 2008, as companhias de teatro profissional subscritoras do presente documento discutiram o modelo de financiamento público à criação artística em Portugal actualmente em vigor. Exprimiram então a sua preocupação com a sub-orçamentação do Ministério, e também com:
- a profusão de sucessivas alterações legislativas, que aí atingiu um pico surrealista: o mesmo governo alterou um modelo que ele próprio tinha criado, antes mesmo de este entrar em vigor;
- os efeitos devastadores que tal instabilidade provoca na vida e no trabalho das estruturas de criação artística que a ela estão sujeitas;
- a falta de discussão pública desta última alteração, que ocorreu em sentido inverso aos resultados da discussão havida apenas dois anos antes;
- a ambiguidade na definição do que é o serviço público nesta área;
- o agravamento das assimetrias regionais;
- o desconhecimento ou a desconsideração em relação aos custos da criação artística teatral;
- a subjugação das companhias à lógica de projecto pontual, ignorando o seu papel estrutural no sistema teatral do país e impedindo-as, na prática, de potenciar devidamente o seu trabalho;
- a incoerência legislativa quanto aos direitos dos trabalhadores do sector;
- a ausência de uma intervenção sustentada em matéria de internacionalização;
- a predominância dos factores quantitativos em detrimento dos aspectos qualitativos;
- a confusão entre número de espectadores e qualidade do trabalho artístico;
- as insuficiências reiteradas da formação artística no país;
Ignoradas (ou distorcidas) na altura, estas preocupações transformaram-se em certezas quanto à incapacidade do actual Governo para pensar e concretizar uma política cultural para o país.
Mesmo depois do reconhecimento - ou contrição - do próprio Primeiro-Ministro, não deixa de causar espanto que o Ministro da Cultura (que prometera “fazer mais com menos”) e as chefias intermédias por si tuteladas tenham vindo a público reiterar a defesa do seu entendimento e da sua actuação, procurando justificar o injustificável, manipulando dados, tentando dividir os agentes no terreno e procurando disfarçar a sua incompetência com acções supostamente mediáticas – beneficiando, é certo, da costumeira falta de espaço para a discussão séria de matéria cultural, tanto na comunicação social como no debate inter e intra-partidário.
3
Solidárias com o reconhecimento expresso pelo Primeiro-Ministro – que gostariam de ler como uma verdadeira intenção de alterar a forma de fazer política cultural em Portugal –, estas companhias de teatro vêm uma vez mais dar o seu contributo para a discussão, numa altura em que é imperioso assumir-se claramente compromissos com o país, de forma séria e vinculativa.
Não representam estas companhias mais ninguém além de si próprias. Reconhecem que o sector não tem estruturas representativas e que a tarefa dos governantes é, portanto, um pouco mais trabalhosa: exige idas ao terreno, auscultações, “trabalho de casa”; exige rigor e seriedade no diagnóstico dos problemas; exige frontalidade na apresentação de propostas e responsabilidade na acção – em democracia, os programas eleitorais e de governo são compromissos para cumprir e a sua violação uma falha grave, que exige (como é do senso comum), para além de desculpas, a sua imediata reparação.
É neste contexto que as seis companhias profissionais abaixo assinadas vêm renovar as suas propostas para o desenvolvimento sustentado do Teatro no nosso país, elemento fundamental de uma ambição mais vasta – a afirmação da criação artística nacional, dentro e fora do país, como um sector fundamental da intervenção do Estado, no âmbito de um projecto de sociedade mais justo e mais democrático.
Sediadas em algumas das cidades médias mais importantes do país – Braga, Coimbra, Évora, Faro e Covilhã –, todas elas com pólos universitários da maior relevância e com o que tal abrangência geográfica significa em termos de públicos directamente beneficiados com o seu trabalho, bem como em espaços culturais conquistados para o país e de potencialidades para uma efectiva e equilibrada descentralização da criação artística pelo território nacional, estas companhias propõem:
- o cumprimento imediato da meta do 1% do OGE afecto ao Ministério da Cultura;
- a revisão do actual modelo de financiamento público à criação artística, através de um processo em que as preocupações manifestadas pelos agentes que trabalham no terreno sejam efectivamente tidas em conta;
- a separação dos apoios à criação dos apoios à programação de salas de espectáculo, em nome da transparência e da eficácia do investimento público;
- a valorização de critérios qualitativos na avaliação dos projectos a apoiar, por oposição à lógica quantitativa dominante, supostamente neutral e mais objectiva, que tem presidido à relação do Estado com os agentes culturais e que foi radicalizada no modelo actualmente em vigor;
- a substituição do modelo generalizado dos “concursos” por um modelo misto: contratos-programa com as companhias e os agentes com provas dadas (limitados no tempo e sujeitos a competente avaliação regular por parte do Estado) e apoios específicos para novos criadores, que assim devem ver reforçados os apoios ao seu dispor;
- a implementação de objectivos específicos (e mensuráveis) a cada caso, na contratualização com cada uma das estruturas;
- o estabelecimento de protocolos estáveis e equilibrados com as autarquias das principais cidades do país tendo em vista a valorização das estruturas de criação aí sediadas e a maximização das potencialidades dos novos equipamentos culturais aí instalados;
- o reforço da exigência quanto à qualidade dos equipamentos apoiados pelo Estado, tanto no que diz respeito às infraestruturas como quanto aos seus modelos de funcionamento e programação, aplicando-a em todos os programas de suporte financeiro – da comparticipação das obras aos projectos de incentivo à circulação de espectáculos;
- a definição de prioridades estratégicas na afectação do investimento público, tendo em conta uma estruturação do território nacional que se articule com as outras dimensões do desenvolvimento do país, nomeadamente com uma política de cidades que promova um efectivo e realista combate à desertificação do interior do país;
- uma política de apoios à internacionalização, que seja não dirigista, capaz de reconhecer as relações estabelecidas e o trabalho desenvolvido pelas companhias existentes, potenciando relações de intercâmbio já amadurecidas, as quais têm sido ignoradas;
- o envolvimento dos criadores nacionais no incremento da formação artística e da sensibilização para as artes nos diferentes graus de ensino, desde o pré-escolar ao superior;
- a disponibilização dos meios públicos de comunicação social para a divulgação regular das iniciativas promovidas pelas companhias e pelos criadores individuais financiados pelo Estado, gratuitamente ou a preços simbólicos;
Coimbra, 24 de Julho de 2009.
A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra
ACTA – Companhia de Teatro do Algarve
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras
Teatro de Montemuro
21/07/09
A Escola da Noite apresenta ESTE OESTE ÉDEN
30 e 31 de Julho - 21h30
No âmbito da Plataforma das Companhias, a CTB – Companhia de Teatro de Braga, com o apoio do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga e do Theatro Circo, acolhe espectáculo d'A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra. Este Oeste Éden, de Abel Neves, com encenação de Sílvia Brito, estará em cena nos dias 30 e 31 de Julho, às 21h30.
Este Oeste Éden propõe-nos uma arrojada visão da humanidade, revisitando alguns dos mais enraizados mitos fundadores da civilização ocidental e propondo o seu cruzamento, em palco, com sinais da nossa vida quotidiana. Uma reflexão sobre a condição humana e os ciclos de que se constrói a sua história, plena de metáforas e interrogações – seremos nós, humanos, a mais imperfeita e mais irresistível das criações artísticas?
Texto: Abel Neves
Encenação: Sílvia Brito
Cenografia: António Jorge
Figurinos: Ana Rosa Assunção
Luz: Danilo Pinto
Som: Eduardo Gama
Elenco: Ana Mota Ferreira, António Jorge, Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sílvia Brito e Sofia Lobo
Sinopse:
Nove anos depois de "Além as estrelas são a nossa casa", A Escola da Noite volta a apresentar ao público um texto inédito de Abel Neves, autor com quem mantém uma relação de grande proximidade artística.
"Este Oeste Éden" revisita os grandes mitos fundadores da civilização ocidental e oferece-os à luz de uma contemporaneidade perturbadora, quase dolorosa. Uma reflexão sobre a condição humana e os ciclos (condenados?) através dos quais se recr(e)ia a história da humanidade.
02/07/09
Artes cénicas em debate
Sob a direcção de Inmaculada López Silva, o encontro conta com a presença de várias personalidades, entre as quais Rui Madeira, director da CTB, que participará na mesa-redonda: La posible rentabilidad de las periferias: el eje Coruña - Porto como sueño, agendada para as 16h do dia 9 de Setembro.
Informação adicional e inscrições disponíveis no sítio da Universidade.
30/06/09
AS BACANTES
Sobre a Política e a organização da Cidade.
Sobre a Vingança.
Sobre a necessidade mais funda que temos de dizer Não e de rompermos a Norma.
Um espectáculo sobre a Condição Humana.
A luta entre o Sagrado e o Profano.
Um caminho de Viajantes e de Confronto de Identidades.
Um espectáculo de Mulheres!
Uma tragédia do Mundo!
Rui Madeira
Autor: Eurípides
Encenador: Rui Madeira
Actores: Carlos Feio, Jaime Soares, Rogério Boane, Solange Sá, Teresa Chaves
Actores estagiários no âmbito da Cena Lusófona: Allex Miranda, Mabelle Magalhães, Thamara Thaís
Actores estagiários no âmbito da oficina "Bacantes: uma orgia do Poder": Aleixo Morgado, Ana Lestra Gonçalves, Ana Cristina Oliveira, André Silva, Sofia Miranda, Marisa Queirós
Dramaturgia: Rui Madeira
Cenografia: Samuel HofCriação Vídeo: Pedro Pinto
Figurinos: Sílvia Alves
Desenho de luz: Fred Rompante
Grafismo: Carlos Sampaio
Fotografia: Paulo Nogueira
M/12
Bilhetes: 10€ (desconto de 50%: estudantes, reformados e protocolos).
15/06/09
Festival em Campo Benfeito: Companhias de teatro lamentam ausência da DGArtes e recomendam medidas aos decisores políticos
Envolvendo directamente mais de 60 pessoas, o programa do Festival incluiu a apresentação de seis espectáculos (um por cada companhia), um workshop de escrita criativa com o dramaturgo Abel Neves, um workshop de teatro a cargo do grupo anfitrião, um debate sobre "O teatro na descentralização" (com a presença do Director Regional da Cultura do Centro) e ainda contactos informais com uma centenária associação cultural do concelho de Castro Daire, a propósito do trabalho artístico com jovens. As iniciativas espalharam-se por quatro localidades de dois concelhos da região - Campo Benfeito, Carvalhal, Castro Daire e Lamego - e integraram a programação de três salas: Espaço Montemuro, Auditório Municipal de Castro Daire e Teatro Ribeiro Conceição. Assistiram aos espectáculos cerca de 700 pessoas, o que representa uma média superior a 100 espectadores por sessão.
Um Festival em crescimento
A ideia do Festival das Companhias surgiu em 2005, na sequência dos contactos que vinham sendo estabelecidos entre estas seis companhias, organizadas informalmente numa Plataforma de debate, intercâmbio e colaboração. Para além de potenciar o conhecimento do trabalho que as suas congéneres vão realizando (objectivo a que estas seis companhias continuam a atribuir a maior importância), ele permite, de acordo com a lógica de rotatividade que vem seguindo, que as companhias de cada cidade apresentem aos seus públicos, de uma forma organizada, os espectáculos das estruturas de criação que com elas partilham este projecto.
Entre Faro (2005), Braga (2008) e agora Montemuro, o modelo do Festival tem vindo a ser aperfeiçoado, nomeadamente com a introdução de iniciativas paralelas à apresentação dos espectáculos, quer no âmbito da formação, quer aproveitando estas oportunidades para suscitar momentos de reflexão sobre áreas directamente relacionadas com o trabalho dos grupos - ao nível artístico e em matéria de política cultural. Simultaneamente, tem vindo a ser aumentado o tempo de encontro efectivo entre os diversos elementos que compõem cada companhia, de modo a fomentar um verdadeiro entrosamento entre os grupos. É por isso que todos os grupos tentam permanecer no local do Festival o maior tempo possível e com o maior número possível de pessoas – assim podem assistir aos espectáculos, mas também conhecer os colegas dos outros grupos com quem, ao longo do ano, vão comunicando e colaborando apenas à distância ou nos vários intercâmbios bilaterais estabelecidos entre estas companhias.
O conceito de “companhia”
Na origem do trabalho conjunto desenvolvido por estes grupos está a consciência partilhada por todos de que vale a pena, independentemente das diferenças estéticas que as caracterizam e que são mutuamente respeitadas, valorizar os múltiplos aspectos que as unem, decorrentes de duas marcas fundamentais: são companhias de teatro, com vários anos de existência tão estável quanto isso é possível na actual conjuntura nacional; e estão sediadas fora de Lisboa e Porto, assegurando uma significativa representatividade do chamado "resto do país" (num eixo que vai do Minho ao Algarve, passando pelo interior do território continental, e que cobre algumas das principais cidades médias portuguesas, como Braga, Coimbra, Covilhã, Évora e Faro).
Une-as igualmente a constatação que fazem dos contributos que têm dado para o desenvolvimento cultural das cidades onde estão sediadas. Mesmo apenas em termos quantitativos, será fácil somar o número de espectáculos anualmente apresentados por estes grupos (seguramente mais de 600), o número de espectadores que tiram partido destes espectáculos, bem como as acções de formação, as edições, as iniciativas para e com as escolas, os festivais e acolhimentos que organizam, o número de colaboradores que empregam, os jovens profissionais a quem dão oportunidades, os espaços que construíram, adquiriram e colocaram a funcionar e cuja existência se justifica, em larga medida, pelo trabalho que têm desenvolvido.
Contra o desconhecimento
Une-as também, contudo, a certeza de que estes seus contributos continuam a ser ignorados pela Administração Central, cujos discursos "descentralizadores", permanentemente contrariados por práticas centralistas, assentam num profundo desconhecimento sobre o que acontece no terreno e ignoram as especificidades do trabalho realizado longe dos centros de decisão política, económica e mediática.
Em contra-corrente com o balanço extremamente positivo que dele fazemos do ponto de vista do fortalecimento das relações entre as companhias, esta edição do Festival é, em si mesma, um exemplo dessa desconsideração pelo nosso trabalho. Quando, no verão passado, denunciámos publicamente a ausência de discussão pública sobre a alteração às normas do financiamento público da criação artística, a DGArtes comprometeu-se a debater connosco e com outras estruturas a temática da descentralização, ainda que apenas depois de concluído o processo dos concursos que teriam que entrar em funcionamento rapidamente. Foi precisamente isso que quisemos fazer, no âmbito do Festival, convidando a DGArtes para estar presente no debate que organizámos e que foi aberto a todas as estruturas de criação do país. A representação oficial deste organismo foi sendo delegada em postos inferiores da hierarquia até acabar por não existir, o que consideramos inaceitável.
Recomendações
Também por isso, consideramos útil tornar públicas, após o encerramento dos trabalhos, as principais conclusões a que chegámos em conjunto, apresentando-as como recomendações aos vários decisores políticos envolvidos na definição e na concretização de políticas culturais em Portugal:
1. Retomar a discussão com os agentes culturais sobre o modelo de financiamento público às artes (abruptamente interrompida pelo actual Governo na segunda metade do seu mandato) a partir do quadro normativo aprovado pelo mesmo Governo nos seus dois primeiros anos e que nunca chegou a entrar em vigor;
2. Cumprir o programa de Governo no que respeita à dotação orçamental do Ministério da Cultura, aproximando-nos (e não afastando-nos, como tem vindo a acontecer) do 1% do Orçamento Geral do Estado;
3. Cumprir o programa de Governo no que diz respeito à separação entre apoios à criação e apoios à programação, em nome da clareza e da eficácia do investimento público;
4. Diferenciar de forma clara o apoio a estruturas de criação dos apoios a projectos pontuais e a novos criadores, o que implica a definição objectiva do conceito de "companhia" e a quantificação realista dos custos decorrentes da sua actividade regular e das obrigações legais a que estão sujeitas (encargos com pessoal, Segurança Social, Finanças, gestão de espaços, etc.);
5. Racionalizar os financiamentos públicos, valorizando as estruturas que melhores condições têm para cumprir o seu papel de serviço público, dotando-as de meios para que efectivamente o possam cumprir e de modo a que possam ser justamente avaliadas e seriamente responsabilizadas;
6. Clarificar os papéis dos diferentes níveis da Administração Pública, nomeadamente na articulação entre a Administração Central, as autarquias e as estruturas intermédias de governação (Direcções Regionais de Cultura, Direcções Regionais de Educação, Comissões de Coordenação e Desenvolvimento) na gestão da política cultural. Promover activamente as indispensáveis complementaridades - até aqui, as companhias têm sido quase sempre deixadas sozinhas no papel de ponte entre estes diferentes níveis de decisão ou mesmo, nos piores mas frequentes casos, utilizadas como arma de arremesso entre cada um deles.
7. Envolver a Administração Central, as autarquias e as estruturas de criação numa análise séria das condições que os espaços teatrais do país oferecem para a criação e a apresentação de espectáculos. O Auditório de Castro Daire é um exemplo, entre tantos outros casos que conhecemos bem, de um equipamento em que pequenas e baratas intervenções poderiam melhorar substancialmente a funcionalidade dos espaços e a fruição por parte do público;
Coimbra, 2010
Realizado este ano sem qualquer apoio financeiro por parte do Ministério da Cultura, o III Festival das Companhias foi por elas suportado em grande parte - os apoios das autarquias de Lamego e Castro Daire e os patrocínios conseguidos não cobrem nem metade do orçamento. A importância e a singularidade do evento justificariam também outra atenção do Estado. Reivindicamo-la a partir de hoje já para a próxima edição, que terá lugar durante o ano de 2010, segundo decisão unânime, em Coimbra, com organização d'A Escola da Noite.
A Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra
ACTA - Companhia de Teatro do Algarve
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras
Teatro de Montemuro
08/06/09
CONCERTO "À LA CARTE"
Sala Principal do Theatro Circo
Concerto “à la carte” é um olhar frio, concreto, real sobre a vida de uma senhora igual a tantas que moram no apartamento ao lado, que se cruzam connosco no supermercado, a quem olhamos sem ver e que morrem sem sabermos e sem elas mesmas darem por isso.
Encenação de Rui Madeira
Assistentes de encenação Frederico Bustorff Madeira, Solange Sá
Tradução de Maria Adélia Silva Melo
Cenografia de Carlos Sampaio
Figurinos de Sílvia Alves
Desenho de luz de Fred Rompante
Desenho de som de Pedro Pinto
Fotografia de Manuel Correia
Bilhetes: 12€ (desconto de 50%: estudantes, reformados e protocolos)
02/06/09
III Festival das Companhias Descentralizadas
Organizado pelo Teatro Regional da Serra do Montemuro, o evento - que se realiza de 10 a 14 de Julho - dá continuidade a um projecto surgido em 2006, no contexto de “Faro - Capital Nacional da Cultura”, e tem por objectivo principal a apresentação do trabalho artístico teatral produzido fora dos grandes centros urbanos e o incentivo à reflexão e debate sobre questões como as condições de criação e circulação, formação de públicos, financiamento ou projectos de internacionalização.
CTB – Companhia de Teatro de Braga; Teatro Regional da Serra do Montemuro; Teatro das Beiras (Covilhã); A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra; CENDREV – Centro Dramático de Évora e ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve (Faro) são as companhias que integram o projecto deste Festival.
PROGRAMA
10 de Junho
Presos por uma corrente de ar
Teatro de Montemuro
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 21h30
11 de Junho
Workshop de escrita criativa
Abel Neves
Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, 16h00
Bonecos & Farelos, de Gil Vicente
A Escola da Noite
Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, 21h30
12 de Junho
Debate: O teatro na descentralização
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 16h00
Memórias de Branca Dias, de Miguel Real
Centro Dramático de Évora
Castro Daire, Auditório Municipal de Cultura, 21h30
13 de Junho
Mesa-redonda: O teatro como ferramenta de trabalho com os jovens
Castro Daire, Museu Municipal, 16h00
Teatro das Beiras
Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, 21h30
Concerto "à la carte", de Franz Xaver Kroetz
Companhia de Teatro de Braga
Castro Daire, Auditório Municipal de Cultura, 21h30
14 de Junho
ACTA - Companhia de Teatro do Algarve
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 16h00
Festa de encerramento
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 17h00
04/05/09
Casting para televisão
A CTB - Companhia de Teatro de Braga e a produtora SP Televisão promovem, no dia 9 de Maio (sábado), a partir das 10h, no Theatro Circo, um casting para televisão. A prova está aberta a actrizes e actores a partir dos 25 anos.
Os interessados devem inscrever-se em www.ctb.pt, até às 13h de sexta-feira.
27/04/09
Sessões escolares
Encenação e transposição cénica: José Caldas
Cenografia e figurinos: José António Cardoso
Música: Criada colectivamente a partir da música tradicional portuguesa
Actores: Carlos Feio, Rogério Boane, Jaime Soares, Solange Sá, Teresa Chaves, Alexandre Sá
Desenho de Luz: Fred Rompante
21/04/09
Teatro brasileiro no Theatro Circo
Desta forma, o Pequeno Auditório do Theatro Circo acolhe o grupo Casa Amarela que, de 5 a 7 de Maio (11h*/15h*; dia 7 também às 21h30), apresenta Candim, uma peça sobre o pintor Cândido Portinari em que se reflecte sobre o medo; e a Companhia Fato que a 8 de Maio (21h30) leva à cena Soltando os cachorros, um espectáculo sob a forma de recital onde são abordados temas como amor, sexo, pátria, nascimento e morte, segundo a perspectiva de três grandes escritoras do século XX: Hilda Hilst, Cassandra Rios e Marisa Raja Gabaglia.
* Sessões escolares
Informações e reservas pelo telefone 253 217 167.
17/04/09
14/04/09
Digressão no Brasil
Zé Celso dirigiu há alguns anos As Bacantes com enorme êxito. Personalidade riquíssima da Cultura brasileira, assumiu a luta pela manutenção do seu Teatro Oficina, num período recente, quando interesses económicos tentaram destruir um dos mais ricos patrimónios do teatro Brasileiro. Espectáculos como Boca de Ouro, Cacilda!, A Terra, As Bacantes e tantos outros, fazem deste director um dos mais internacionais homens do teatro brasileiro. O Festival de Avignon homenageou-o recentemente, tal como a Alemanha.
É, pois, com imenso orgulho que a CTB vai apresentar As Bacantes no próximo dia 21, dando início a uma série de apresentações deste espectáculo.
Ainda no contexto da digressão e do Projecto Bacantes, Rui Madeira vai dirigir em S. Paulo, na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, a Oficina Bacantes – Uma Orgia do Poder. A acção de interpretação que se desenvolve através da exploração dramaturgica e cénica dos Coros na obra de Eurípides, tem como objectivo a selecção de actrizes para integrar o elenco de As Bacantes nesta série de apresentações.
Desta forma, cumpre-se mais uma etapa do Projecto Bacantes, fio condutor do processo de criação de As Bacantes, peça que concretiza o trabalho iniciado em 2008, no Brasil, onde no âmbito da mesma Oficina foram seleccionados um actor e duas actrizes para realizarem um estágio na Companhia; e o trabalho desenvolvido por um grupo de 14 pessoas, das mais variadas profissões, escolhidas em cerca de 120 participantes na audição realizada em Braga, que integraram uma Oficina sobre prática teatral.
Este Projecto resulta de uma parceria entre a CTB, a Secretaria da Cultura do Governo do Estado da Bahia e a Prefeitura de Camaçari.
Dia 22, 20h – Preconceito Vencido, Oficina Amácio Mazzaropi, S. Paulo
Dia 25, 21h – As Bacantes, Teatro Municipal Lulu Benencase de Americana, S. Paulo
09/04/09
08/04/09
07/04/09
30/03/09
Sobre o autor
Em 1970 recebe uma bolsa de dramaturgia, atribuída pela editora Suhrkamp. A 3 de Abril de 1971 estreia duas das primeiras peças Trabalho ao Domicilio e Obstinação, em Munique. A estreia foi acompanhada por uma manifestação da extrema-direita com vidros partidos e bombas de mau cheiro. Tinham sabido que no espectáculo havia infanticídio, aborto e masturbação em cena.
Continua a escrever e a intervir politicamente, em 1972 apresenta-se às eleições nas listas do DKP (partido comunista alemão) mas não é eleito. As suas primeiras peças, a simpatia espontânea pelos marginais e pelos menos privilegiados e contra a sociedade de consumo alemã, cristalizou-se em pequenas cenas naturalistas com reduzido diálogo em dialecto bávaro. A partir de 1972 obtém do Ministério da Cultura e do Teatro de Heidelberg uma bolsa que lhe permite escrever sem preocupações materiais e trabalhar em contacto mais estreito com a prática teatral. Música para Si, Alta Áustria, Maria Madalena, Lienz, Cidade dos Dolomitas, Interesse Global… são algumas das suas muitas peças. Os seus textos são dos mais representados.
Em 1974 dirige para a televisão Outras Perspectivas e continua a escrever. Encena a sua peça Querido Fritz.
Em Janeiro de 1976 Kroetz desloca-se a Portugal integrado numa Delegação do Comité de solidariedade com Portugal, com outras personalidades. O Teatro da Cornucópia apresenta Kroetz ao público português com Alta Áustria numa encenação de Jorge Silva Melo e mais tarde com Música Para Si (Concerto “à la Carte”) numa encenação de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo, tendo como protagonista a grande actriz Isabel de Castro.
CONCERTO "À LA CARTE" visto pelo director da CTB
Este Concerto “à la Carte” é um olhar frio, concreto, real até aos ossos, da vida vivida por cada vez mais mulheres em cada cidade. É a comédia social ao contrário. Se até aos anos setenta a tese era que o casamento seria uma invenção da burguesia e da classe dirigente para manter a fortuna e o património no seio da família e confiado aos herdeiros. Hoje, essa falsa moral ruiu e sobre a pressão do neo-liberalismo, a mulher é cada vez mais colocada entre o mercado da precariedade generalizada, com retorno à ideologia do casamento numa perspectiva de sobrevivência económica. Uma moral modernizada. Mas a realidade é cada dia mais cruel, depois dos preconceitos da dominação masculina, temos dois mercados cada vez mais competitivos: o do trabalho e o do casamento. E a mulher cada dia mais só. Por opção, dolorosa, por abandono, por razões a cada passo mais fortes e dramáticas. Há cada vez mais a Rua como espaço de espectáculo da dignidade que se quer manter e a casa, o dentro de casa, o interior, como espaço prisão que garante a Liberdade para que nos possamos despir dessa farda social. E aí, nesse “teatro” a solidão, a crueldade da vida, torna-nos fantoches de nós mesmos. Mesquinhos e miseráveis. Inúteis e indiferenciados. Somos afinal aquilo que o neo-liberalismo quis fazer de nós: números, cabeças enredadas numa única luta: a sobrevivência a qualquer custo. Concerto “à la Carte” é a vidinha duma senhora, igual a tantas que moram no apartamento ao lado, que se cruzam connosco no supermercado, a quem olhamos sem ver e que morrem sem sabermos e sem elas mesmas darem por isso.
Não contam, fazem parte da estatística para a Europa, mas são apenas números.
É de facto uma comédia social ao contrário. É um espectáculo de risco. É um espectáculo de compromisso, de postura artística e ética sobre o nosso tempo. É uma performance de actriz. De uma grande actriz que, mais uma vez escolheu o caminho mais difícil. Afinal o caminho da Companhia de Teatro de Braga.
Mas é também uma Homenagem a todas as Mulheres que não são acontecimento.
Estreia: CONCERTO "À LA CARTE"
de Franz-Xavier Kroetz
24/03/09
DIA MUNDIAL DO TEATRO
21h30 – Espectáculo PRECONCEITO VENCIDO de Pierre Marivaux.
22h30 – Debate/Reflexão: A Função das Práticas Artísticas Profissionais nas cidades médias, com a participação de:
- Manuel Guede-Oliva, autor, tradutor, encenador, ex-director do Centro Dramático Galego;
- Ângela Mendes Ferreira, directora do Curso de Fotografia da Escola Superior Artística do Porto, fotógrafa e produtora dos Encontros da Imagem de Braga;
- Carlos Morais, director adjunto do curso de Estudos Artísticos e Culturais da Universidade Católica de Braga;
- Regina Guimarães, escritora, dramaturga e videasta;
- Cristina Mendanha, directora do Arte Total – Centro de Educação pela Arte;
- Rui Madeira, director da CTB – Companhia de Teatro de Braga.
Todas as actividades terão entrada livre. Contudo, o ensaio público de CONCERTO “À LA CARTE” e o espectáculo PRECONCEITO VENCIDO têm lotação limitada e são sujeitas a levantamento de convite. Os convites poderão ser levantados na bilheteira do Theatro Circo.
16/02/09
100ª Produção
de Franz-Xaver Kroetz
Com ANA BUSTORFF
Encenação de Rui Madeira
Assistentes de encenação Frederico Bustorff Madeira, Solange Sá
Tradução de Maria Adélia Silva Melo
Figurinos de Sílvia Alves
Desenho de luz de Fred Rompante
Desenho de som de Pedro Pinto
Fotografia de Manuel Correia
Ana Bustorff volta à Companhia para uma grande performance.
Um texto único para uma actriz única.
Um espectáculo construído em partitura de silêncios.
O teatro já passou e a Vida é vivida tal qual é.
Há ecos e silêncios que a Vida produz: são a música do tempo e do lugar.
Habitamos e vivemos, cada vez mais, um mundo que é só nosso.
Livres e prisioneiros das nossas cabeças. Agimos. Organizamos e reorganizamos um Caos.
Reconstituimo-nos no Silêncio.
Depois de BACANTES e antes de PESAR, a CTB continua na pista de um “théàtre de femmes”, como lhe chamou Kroetz.
Rui Madeira
Estreia 31 de Março às 21h30
Espectáculos 1 a 3 de Abril às 21.30h
13/02/09
AUTO DA BARCA DO INFERNO em Matosinhos
O reconstruído Cine-teatro de Matosinhos recebe, ainda, a 21 de Fevereiro a Oficina Inferno, um projecto educativo sobre Gil Vicente e Auto da Barca do Inferno dirigido a professores e que será ministrado por Rui Madeira.
Sinopse:
Será que a maledicência, o orgulho, a usura, a concupiscência, a venalidade, a petulância, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez, o falso moralismo cristão… têm entrada directa no Paraíso? Ou terão de passar pelo Purgatório? Ou vão directamente ao Inferno? E a pé, de pulo ou voo?Aliás, onde fica e como designamos o Lugar onde estamos? E que paraíso buscamos?Uma revisão da CTB, em demanda da modernidade sobre o texto Vicentino e o prazer do jogo teatral.Um espectáculo (na sequência de Pára-me de Repente) sobre a nossa memória identitária.
Ficha Artística:
Autor: Gil Vicente
Encenador: Rui Madeira
Figurinos: Sílvia Alves
Actores: Carlos Feio, Rogério Boane, Teresa Chaves, Solange Sá, Jaime Soares, Alexandre Sá, Allex Miranda
Desenho de luz: Fred Rompante
Espaço Cénico: Rui Madeira
Operador de Luz: Vicente Magalhães
Desenho e operação de Som: Pedro Pinto
10/02/09
PASSATEMPO: Antígona Gelada
Para se habilitar envie para ctb@mail.telepac.pt a resposta à seguinte pergunta:
De que companhia de teatro é fundador João Mota, encenador de Antígona Gelada?
Boa sorte!
06/02/09
NOTA
CENDREV apresenta Antígona Gelada
O espectáculo tem a encenação de João Mota, actor, encenador, professor e teatrólogo português. Em 1972 fundou a COMUNA companhia que ainda hoje dirige e pela qual já encenou mais de 90 produções. Foi Professor da Escola Superior de Teatro e Cinema e, de 1996 a 2002, director do departamento de teatro e Presidente do Concelho Directivo. Em 1992 foi agraciado com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique e, em 2007 foi-lhe atribuído a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro, e a Medalha de Mérito Cultural.
Sinopse:
É próprio do teatro voltar a contar histórias conhecidas, reinventando-as de novo para as fazer falar acerca de um imaginário presente que nos é comum.
Antígona Gelada é uma obra dramática que traz à cena uma nova visão em acção daquela que, conjuntamente com Édipo (seu pai trágico), constitui a mais emblemática das figuras do teatro grego antigo.
O lugar continua a ser a Tebas da narrativa mítica e dramaturgia, mas já não a que Sófocles recriou em espelho transfigurado da sua Atenas do séc. V a.c Trata-se agora de Tebas 9, uma colónia espacial remota situada em Caronte, satélite que orbita em torno de Plutão, o mais gélido dos planetas do sistema solar, recentemente despromovido; a acção decorre nesse futuro incerto, em que a humanidade vive e subsiste fora da Terra onde nasceu.
Um cenário que nos é familiar pela ficção científica e no qual a fábula mitopoética e política de Antígona volta de súbito a acontecer. Como dirá Polinices, no diálogo mantido quando Antígona sonha com ele: «Já houve no passado pessoas com os nossos nomes que viveram dramas idênticos aos nossos, mas a memória deles perdeu-se e por isso repetimos os seus erros. E mesmo talvez se nos lembrássemos, tudo acontecesse de novo e diferente outra vez.»
Ficha artística:
Encenação: João Mota
Cenografia e Figurinos: Sara Machado da Graça
Iluminação: António Rebocho e João Mota
Caracterização: Cecília Sousa
Sonoridades: Hugo Franco
Elenco: Álvaro Corte Real, Ana Meira, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga, Rui Neto, Victor Zambujo
M/12
Bilhetes: 10€ (desconto de 50%: estudantes, reformados e protocolos).
03/02/09
23/01/09
Sobre o autor
Descendente de uma família rica e aristocrática, estudou Direito e frequentou salões literários da época. Os seus conhecimentos, considerados acima dos padrões da época, conferiram-lhe o ingresso no meio intelectual e jornalístico.Após a perda da sua fortuna dedicou-se profissionalmente à literatura. A sua obra literária estendeu-se a vários domínios, mas foi no teatro que se distinguiu e se afirmou como um inovador. Obteve o seu primeiro êxito teatral com a comédia Arlequin poli par l'amour (1720), seguindo-se cerca de quarenta comédias, das quais se podem destacar La Nouvelle Colonie (1729), Le Jeu de l'amour et du hasard (1730).
Morreu completamente esquecido, sem reconhecimento e só recentemente os seus romances foram redescobertos. A obra de Marivaux caracteriza-se pela importância atribuída à linguagem como procura do caminho que conduz à verdade.
PRECONCEITO VENCIDO visto pelo director da CTB
Rui Madeira
PRECONCEITO VENCIDO
6 a 8; 10, 11, 14 e 15 de Fevereiro – 21h30
3 e 4; 10 a 12 de Março - 21h30
Salão Nobre do Theatro Circo
Ficha Artística:
Autor: Pierre Marivaux
Encenação: Rui Madeira
Tradução: Mário Barradas
Figurinos: Sílvia Alves
Cenografia: Rui Madeira
Desenho de luz: Fred Rompante
Grafismo: Carlos Sampaio
Actores: Thamara Thaís*; Allex Miranda*; Mabelle Magalhães*; André Silva** e Jaime Soares
M/12
* Actores estagiários no âmbito dum projecto de intercâmbio da CTB com a Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia e a Prefeitura de Camaçari.
** Actor estagiário no âmbito da Oficina Bacantes: a orgia do poder.
Bilhetes: