“Não há acasos”. Desta forma, citando uma das personagens de No Alvo (de Thomas Bernhard), Rui Madeira dava o mote para o Sarau de Encerramento das Comemorações dos 35 Anos de Actividade da Companhia de Teatro de Braga (CTB). O evento, realizado 21 de Outubro no Theatro Circo foi, ao mesmo tempo, uma celebração do trajecto desenvolvido ao longo de três décadas e meia e uma homenagem a todas as pessoas que tornaram possível levar a cena 127 espectáculos com destaque para seis personalidades que – no âmbito das suas responsabilidades artísticas, políticas, empresariais e profissionais – contribuíram para o sucesso e visibilidade deste projecto. A noite terminou com um concerto de Jorge Palma e Vicente Palma, também eles parte desta história.
30/12/16
Revista do Ano 2016 da CTB
“Não há acasos”. Desta forma, citando uma das personagens de No Alvo (de Thomas Bernhard), Rui Madeira dava o mote para o Sarau de Encerramento das Comemorações dos 35 Anos de Actividade da Companhia de Teatro de Braga (CTB). O evento, realizado 21 de Outubro no Theatro Circo foi, ao mesmo tempo, uma celebração do trajecto desenvolvido ao longo de três décadas e meia e uma homenagem a todas as pessoas que tornaram possível levar a cena 127 espectáculos com destaque para seis personalidades que – no âmbito das suas responsabilidades artísticas, políticas, empresariais e profissionais – contribuíram para o sucesso e visibilidade deste projecto. A noite terminou com um concerto de Jorge Palma e Vicente Palma, também eles parte desta história.
2016 não se resumiu, obviamente,
às comemorações do aniversário. Durante este ano a CTB levou a cena dez
espectáculos – sete reposições (Os
Desaparecidos; Os Músicos de Bremen,
Auto da Barca do Inferno, Oratória do
Vento, No Alvo, Em Pessoa, e Um Picasso) e três novas produções (Justiça, de Camilo Castelo Branco; Ainda o Último Judeu e os Outros, de Abel Neves; e As Criadas, de jean Genet) num total de
120 apresentações. Actuámos em 20 cidades de cinco países (Portugal, Espanha,
Alemanha, Ucrânia e Zimbabué) em 23 espaços diferentes para cerca de 10.600
espectadores.
Na persecução da ideia de
entender Braga e o Theatro Circo como Lugar de Encontro entre a Europa e a
Lusofonia, acolhemos durante este ano 12 espectáculos de estruturas e criadores
nacionais - Auto dos Físicos e A Canoa (A Escola da Noite), Não Chorem Nunca Por Mim (Teatro
Académico Musical e Dramático de Kherson M. Kulish), As Cartas Ridículas do Senhor Fernando (ACTA - A Companhia de
Teatro do Algarve), Frei Luís de Sousa
(ACT – Companhia de Teatro de Almada), La
Espécie Dominante (Teatro Guirigai), Un
Recuerdo de Avignon (La Fundicción de Sevilla), Clube dos Pessimistas (Teatro das Beiras), Bonecos de Santo Aleixo (CENDREV), El Chef Chop Chop y el Tik Tak de Fidélia (LaNave del Duende), A Maior Flor e Outras Histórias Segundo José
Saramago (Teatro Art’Imagem do Porto), e El Hospital de los Podridos (Tranvía Teatro e Teatro de la
Estación).
Olhamos para este ano que agora
termina com satisfação pelo trabalho realizado, mas sobretudo empenhados em que
o Novo Ano seja ainda melhor. O nosso primeiro espectáculo de 2017 será a
reposição de Ainda o Último Judeu e os
Outros (estreou em Junho deste ano) e estará em cena de 24 de Janeiro a 3
de Fevereiro, no Theatro Circo.
Aos que nos acompanharam esperamos que se tenham divertido tanto a ver-nos quanto nós a levar o Teatro até vocês. Aos que não tiveram a possibilidade de nos ver esperamos por vocês no ano que vai começar. A todos a Companhia de Teatro de Braga deseja um FELIZ e PRÓSPERO 2017!
05/12/16
Director da CTB participará na última sessão do 2CN-CLab 2016
O director da Companhia de Teatro de Braga, Rui Madeira, irá
participar na 15ª acção de 2016 do 2CN-CLab, a 16 de dezembro, na Faculdade deCiências da Comunicação da Universidade de Santiago de Compostela.
Rui Madeira fará parte de uma mesa-redonda sob o tema “Experiências
de Cooperação Cultural Transfronteiriça”, da qual farão, também, parte Xosé
Lago (Agrupación Europea de Cooperación Territorial), Nuno Correia (FundaçãoBienal de Cerveira), Daniel Maciel (Ao Norte – Associação de Produção e AnimaçãoAudiovisual, Portugal) e Xesús Lage Picos (Faculdade de ciências Sociais e
Comunicação, Universidade de Vigo, Espanha).
Nesta última ação do 2CN-CLab 2016 será efetuado um
breve balanço do trabalho desenvolvido em 2016 no âmbito do projeto ao que
se seguirá uma mesa-redonda para debater a importância da cooperação cultural
transfronteiriça e que contará com participantes do Norte de Portugal e da
Galiza.
O 2CN-CLAB é promovido no âmbito das redes de projectos de
investigação pós-doutoramento "Cooperação Transnacional Cultural: European
Portugal, Lusofonia e Iberoamericano ", desenvolvido com o apoio da Fundação
para a Ciência e a Tecnologia – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade doInstituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (Portugal), Faculdade de
Ciências da Comunicação da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e Escolade Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (Brasil).
18/11/16
Ana Bustorff será a madrinha da V Edição do Jantar Humanitário da Cruz Vermelha
Ana Bustorff, actriz e membro do Conselho Artístico da Companhia de Teatro de Braga, será madrinha da V EDIÇÃO DO JANTAR HUMANITÁRIO promovido pela Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).
Ana Bustorff foi uma das personalidades homenageadas no Sarau dos 35 Anos da CTB (foto: Paulo Nogueira) |
O evento irá realizar-se no dia 19 de Novembro, no Sameiro Eventos, pelas 20h00. Este ano, o Jantar Humanitário desperta para a campanha mundial #ProtectHumanity com o tema Imigrantes Refugiados. Esta campanha é uma iniciativa global projectada para promover a solidariedade e empatia para com os migrantes vulneráveis, e também para chamar a atenção para a sua protecção como uma questão de responsabilidade colectiva.
O Jantar Humanitário realiza-se anualmente com o objectivo de angariar donativos que revertem a favor das pessoas mais vulneráveis da nossa comunidade, nomeadamente, famílias vulneráveis, minorias étnicas, sem-abrigo, pessoas com comportamentos aditivos, e de todos aqueles que precisam de auxílio, prestando um apoio qualificado, com profissionais e voluntários comprometidos com a protecção e promoção da dignidade humana.
O Jantar Humanitário realiza-se anualmente com o objectivo de angariar donativos que revertem a favor das pessoas mais vulneráveis da nossa comunidade, nomeadamente, famílias vulneráveis, minorias étnicas, sem-abrigo, pessoas com comportamentos aditivos, e de todos aqueles que precisam de auxílio, prestando um apoio qualificado, com profissionais e voluntários comprometidos com a protecção e promoção da dignidade humana.
No contexto da campanha #ProtectHumanity e do tema do jantar "Imigrantes Refugiados" será, também, mostrado o projecto Humane Focus que expõe através de fotografia e vídeo realidades sociais. Será também apresentada a artista Liane Silva e a sua banda que brindará os convivas com vários momentos musicais ao longo do evento.
Caso pretenda contribuir para a causa, participando no Jantar, contacte:
a sede da Delegação de Braga: Telefone: 253 208 870 Email: dbraga@cruzvermelha.or
Qualquer donativo associado à reserva de mesas deverá ser feito para o IBAN: PT50 0033 0000 45242127 640 05 - Cruz Vermelha Portuguesa
11/11/16
A Companhia de Teatro de Braga estreia AS CRIADAS de Jean Genet
Após celebrar os 35
anos de actividade, a CTB apresenta o seu novo espectáculo, uma co-produção com
Seiva Trupe. Teatro Vivo, a partir do texto de Jean Genet, AS CRIADAS.
No dia 21 de Outubro, a CTB encerrou as comemorações do seu
35º aniversário de actividade com um Sarau no teatro Circo que contou, entre
outras coisas, com um concerto de Jorge Palma e Vicente Palma.
Neste Sarau a CTB decidiu homenagear seis personalidades que
ao longo destes 35 anos, no âmbito das suas responsabilidades políticas,
empresariais, profissionais, artísticas ou outras, muito contribuíram para o
sucesso deste projecto. Foram elas: a actriz Ana Bustorff; o artista plástico e
cenógrafo Alberto Péssimo; o ex-produtor José Casimiro Ribeiro; o técnico de
palco Fernando Gomes; o engº. José Teixeira (Presidente do grupo dst) e o
ex-autarca de Braga o engº. Mesquita Machado.
Fotografia Paulo Nogueira |
Rui Madeira disse, no Sarau que encerrou as comemorações dos
nossos 35 anos de actividade, que “é nossa convicção que o teatro torna
melhores aqueles que o fazem na esperança que melhore, também, aqueles que nos
assistem.”
Vamos continuar a fazer aquilo que fazemos melhor. Assim, no
dia 19 de Novembro, estreamos, no Theatro Circo, a nossa 130ª Produção, AS
CRIADAS de Jean Genet. O espectáculo terá ainda duas antestreias, nos dias 17 e
18 de Novembro.
Com AS CRIADAS de Genet, a CTB encerra
o ciclo Liberdade e Solidão a que nos
obrigamos desde 2013. Exactamente no
ano em que perfaz 30 anos da sua morte.
AS CRIADAS é uma co-produção CTB – Companhia de Teatro de
Braga / Seiva Trupe. Teatro Vivo. A encenação é de Rui Madeira e o elenco é
constituído por Sílvia Brito (CTB), Solange Sá (CTB) e Mariana Reis (SeivaTrupe).
O Espectáculo estará em cena, no Theatro Circo de Braga, de
17 a 24 de Novembro. No dia 30, será a vez do Teatro Gil Vicente de Barcelos.
Horários
Antestreia -
17 e 18 de Novembro – 21h30 – Theatro Circo
Estreia - 19
de Novembro – 21h30 – Theatro Circo
20 de
Novembro – 16h00 – Theatro Circo
22 a 24 de
Novembro – 21h30 – Theatro Circo
30 de
Novembro – 21h30 – Teatro Gil Vicente
Sobre o autor
Jean
Genet (1910-1986)
“Genet é a obscenidade que segue a par
com a nobreza, o execrável e o sublime. Nascido de pai incógnito e logo
abandonado pela mãe num asilo da Assistência Pública, será nele – órfão com
vida apenas vivida em cenários de casas de correcção, prisões e espeluncas –
que o séc. XX encontrará um místico entre os que tem de maior estatura. Um anjo
que transporta a ferocidade em pleno rosto. O seu sonho permanente era
“reabilitar” a miséria humana, onde ele próprio, Genet, se encontrava.” (Yukio
Mishima, traduzido por Aníbal Fernandes para Hiena Editora)
A CTB encerra com estas “nossas” CRIADAS de Genet, o ciclo Liberdade e Solidão a que nos obrigamos desde 2013. Exactamente no ano
em que perfaz 30 anos da sua morte. Ele que abordado sobre o problema do tempo,
respondeu como Santo Agostinho “espero a Morte” e questionado sobre algum do
seu teatro (As Criadas, Os Negros, A Varanda…) nos deixou dito:
“Estou-me
nas tintas. Quis fazer peças de teatro. Cristalizar uma emoção teatral e
dramática. Se as minhas peças servirem os negros, não me importa. De resto, não
acredito nisso. Acho que a acção, a luta directa contra o colonialismo faz mais
pelos negros que uma peça de teatro. E também acho que o sindicato do pessoal
doméstico faz mais pelas criadas que uma peça de teatro. Procurei fazer ouvir
uma voz profunda que os negros e as demais criaturas não conseguiram fazer
ouvir. Um crítico disse que “as criadas não falam assim”. Falam assim. Mas só
comigo e à meia-noite. Se me disserem que os negros não falam assim,
responderei que ouviremos mais ou menos aquilo se encostarmos o ouvido ao seu
coração. Temos de saber ouvir o que não está formulado.” Jean Genet
24/10/16
Discurso de Rui Madeira no Sarau de Encerramento das Comemorações dos 35 Anos da CTB
“uma vez quando perguntei ao teu pai porque é que ele tinha ido à estalagem na qual me conhecera ele disse que não sabia que fora um acaso. Foi então que o esclareci que não há acasos.”
Thomas Bernhard in No Alvo
A Companhia fecha hoje as comemorações dos seus 35 anos de actividade artística.
Cumprir 35 anos é, por si só, um acontecimento relevante. Se acordarmos que no nosso país nunca existiu (nem depois de Abril) uma verdadeira política de Cultura, sustentada num modelo alicerçado em princípios equitativos, respeitadores do todo nacional, que assumisse com clarividência as componentes animação cultural e criação artística e reconhecesse a sua importância para o desenvolvimento sustentado do país, melhor se compreenderá a odisseia e o prazer que nos dá, termos chegado hoje aqui.
O esforço que aqui nos trouxe, porque de esforço e sofrimento se tratou em tantos momentos, não foi em vão, porque foram também eles irmãos do prazer, do indescritível prazer que a coisa dá entre o espanto de experimentar vidas na Vida e a adrenalina de convivermos com o efémero. Na luta para conseguirmos e às vezes já aquilo que ninguém acredita: a invenção dum mundo! E transformarmo-nos assim na dúvida e na falha e termos consciência disso. Fazendo do palco da nossa casa o Mundo na presunção romântica.
Vida bicuda esta a nossa dos que acreditam na coisa… talvez a ideia teatro já não habite o palco talvez os que chegam já não venham para nos visitar dar um abraço partilhar amor e tristeza riso e lágrima… e às vezes espanto talvez venham só porque sim ou porque não talvez venham sós talvez venham à procura de um bocadinho vida talvez já estejam mortos ou quase…. talvez venham à espera do fim como na canção do Jorge.
Este talvez é será o que nos espicaça continuar essa constante busca do Outro em demanda de nós. Na certeza que a nossa vontade a nossa força a nossa teimosia pelo projecto está em Vós. Assim não nos sentimos condenados a não ser ao Prazer da Coisa porque acreditamos na Vida e há muito sabemos que a vida e o teatro são uma mesma coisa e que essa coisa é que é linda. Sempre na busca do Lugar e do Tempo, tentando anteciparmo-nos e querendo Mudar a Forma.
Nestes 35 anos muito mudou. O mundo mudou dizem-nos. Portugal mudou repetem-nos. Sim muito mudou por fora e pouco mudou por dentro.
Mas aqui todos temos a noção que fomos sempre até aos limites para nos fixarmos rigorosamente na margem, o melhor Lugar (o do equilíbrio) para observar os perigos dos dois lados e trabalhar sobre eles.
Hoje, 35 anos depois talvez já não acreditemos que o teatro faz revoluções mas sabemos que, pelo menos, a coisa torna melhores aqueles que o fazem. E a nossa esperança é que melhore aqueles que nos assistem.
Acreditar nas Pessoas e em cada uma é acreditar no Mundo. Interpretar-lhes o olhar e o silêncio e respeitar-lhes o silêncio. Fixar na memória o movimento dum corpo decapitado e ter tempo para escutar o grito surdo de uma mãe azeri ou nigeriana é acreditar que o teatro ainda faz sentido porque o teatro (o edifício e a acção) é um lugar e um tempo de re-humanização.
A CTB são as pessoas as nossas (as que estão hoje aqui as que estiveram ontem e no princípio e no fim, as vivas e as mortas e Todas mais adiante serão nomeadas) e aquelas tantas que vieram nos visitaram participaram nos ajudaram nos apoiaram. E Todas as Outras que ainda virão.
A CTB fixou-se em Braga com um projecto teatral que assume a cidade como plataforma de confronto artístico entre a Europa e a Lusofonia, considerando a vizinha Galiza como seu espaço natural. Depois de todos estes anos temos orgulho nos resultados obtidos mas ainda não estamos satisfeitos…
Neste Sarau, para o qual temos a honra de Vos Convidar, a CTB decidiu homenagear seis das muitas personalidades que ao longo destes 35 anos, no âmbito das suas responsabilidades políticas, empresariais, profissionais, artísticas ou outras, muito contribuíram para o êxito deste Projecto. São elas: a actriz Ana Bustorff; o artista plástico e cenógrafo Alberto Péssimo; o ex-produtor Casimiro Ribeiro; o técnico de palco Fernando Gomes; o eng. José Teixeira (Presidente do grupo dst) e o eng. Mesquita Machado.
A escolha de Jorge Palma e do seu filho Vicente Palma é também uma homenagem da CTB ao Artista e ao Amigo que ao longo dos anos tem colaborado enquanto músico, actor e compositor em vários espectáculos.
A Todas as personalidades hoje homenageadas a certeza que A VIDA VAI CONTINUAR e a todas as Outras (o Acácio e a Manuela Bronze, a Manuela Ferreira e o Ruy Anahory, o Waldemar de Sousa, o Vergílio....) que não nos esquecemos e que... outros tempos hão-de vir.
Obrigado por terem vindo. Estamos certos que a Vossa presença será um forte estímulo para o futuro.
Rui Madeira, director
21 de Outubro de 2016, Theatro Circo, Braga.
Jorge Palma (Coliseu 2007) - #13 - "A Gente Vai Continuar"
15/10/16
Apresentação pública do trabalho desenvolvido na Oficina de Movimento e Rítmo
No dia 17 de outubro, às 15h00, no espaço da CERCI Braga, será feita uma apresentação para familiares e amigos dos alunos o resultado da Oficina de Movimento e Ritmo. Esta oficina, realizada no âmbito do projeto BragaCullt3 - dar a volta à cabeça, propõe-se desenvolver atividades dinâmicas de exploração corporal rítmica que estimulem a perceção atuante e expressiva do corpo através de exercícios de movimento associados à dança e ao ritmo-percussão.
Durante 30 horas ao longo de mais de um mês (7 de setembro a 17 de outubro), Rogério Boane, ator da CTB e coordenador desta oficina, trabalhou com 15 utentes da CERCI Braga proporcionando-lhes um contacto lúdico e disciplinado com o movimento e com princípios de natureza musical, em particular a percussão.
Segunda-feira, estes jovens e adultos apresentam os resultados desta oficina que tem por objetivos explorar o potencial criativo do corpo para desenvolver a autoexpressão, aumentar a autoestima dos participantes através da expressão corporal e rítmica, e promover a tomada de consciência do movimento e do ritmo do corpo.
Esta foi a primeira de três ações que esta oficina vai realizar no triénio 2016-2018. Destina-se a um público-alvo a partir dos 12 anos; alunos do ensino básico, secundário e universitário; jovens em risco de abandono escolar; jovens com comportamentos de risco; jovens com necessidades educativas especiais; pessoas com multideficiência; imigrantes e minorias étnicas; pessoas em processo de recuperação de dependências; pessoas em risco ou em situação de exclusão social.
10/10/16
Jorge Palma e Vicente Palma atuam no Encerramento das Comemorações dos 35 Anos da CTB
Para o encerramento das Comemorações dos 35 anos de atividade, a CTB convida alguém que marcou indelevelmente esta história de mais de três décadas, compondo músicas para espetáculos ou participando como ator/cantor.
Com Jorge Palma virá Vicente Palma (que também faz parte desta história) e que surge na guitarra, no piano ou na voz, acompanhando o pai em alguns dos temas que juntos já tocam há mais de uma década. O espetáculo será no dia 21 de outubro, às 21h30, no Theatro Circo.
Em 1980, era criada, no Porto, uma estrutura profissional de teatro: CENA. No âmbito de um projeto artístico e de um protocolo estabelecido com a Autarquia de Braga mudou-se, em 1984, para a Cidade dos Arcebispos e mudou também o nome para CTB – Companhia de Teatro de Braga.
Entretanto passaram 35 anos, e 129 produções, de um projeto artístico que cruza o sempre renovado interesse pelas novas dramaturgias com a experimentação, através da nossa prática teatral, sobre o grande legado dramatúrgico da humanidade – os clássicos.
Entretanto passaram 35 anos, e 129 produções, de um projeto artístico que cruza o sempre renovado interesse pelas novas dramaturgias com a experimentação, através da nossa prática teatral, sobre o grande legado dramatúrgico da humanidade – os clássicos.
Para Rui Madeira, diretor da Companhia, “a Comemoração dos 35 anos da CTB é, acima de tudo, a Comemoração das Pessoas, as nossas (as que estão hoje Aqui, as que estiveram ontem e no princípio e no fim. As vivas e as mortas e TODAS mais adiante serão nomeadas).”
É, por isso, também um tempo de homenagem a seis personalidades que cruzaram os seus caminhos com o nosso, ajudando-nos a construir a história da Companhia de Teatro de Braga.
06/10/16
Discurso de Vergílio Alberto Vieira no almoço em Braga do 82º PEN International
No dia 30 de setembro, passaram por Braga cerca de 140 participantes (escritores, dramaturgos, jornalistas, poetas, etc.) do 82º Congresso PEN International, que se realizou na cidade galega de Ourense.
Durante o almoço o escritor, poeta, dramaturgo e Amigo da Companhia de Teatro de Braga, Vergílio Alberto Vieira, brindou os convivas com este belíssimo texto que merece ser partilhado.
Com a presença de tão ilustres escritores numa das mais antigas cidades ibéricas a que chegaram legiões romanas, séculos depois de visitada por Celtas e Suevos, que escolheram para morar, Braga tem hoje boas razões para vos proporcionar, não apenas a visita aos lugares históricos que enaltecem o seu património cultural e urbano, mas a convivência coma a lingua portuguesa, legado inestimável do cosmopolitismo que caracterizou a epopeia marítima cantada em Os Lusíadas, de Camões.
A Língua que falámos, e em que escrevemos, sendo o nosso maior bem, e a pedra de toque de uma universalidade que ecoa em todos os continentes, é como das línguas maternas reconheceu Alfred
Döblin, escritor que, acossado pelo nazismo, passou por Portugal a caminho da diáspora: "(..) uma forma de amar os outros."
Num tempo em que os sinais de degradação histórica intimam o escritor a estar vigilante, e a ser testemunha irrefutável no processo para que o tribunal das memórias nos convoca, nenhum de nós poderá sentir-se bem consigo, nem com o mundo, se por comodidade ou indiferença não responder à chamada para a qual a resistência ética de que falava Emmanuel Levinas conta connosco.
Assim sendo, permitam-me exortar-vos à conciliação num momento em que a história das nações mais se sente ameaçada, num tempo em que cada pátria em que nascemos nos leva a admitir que todos os povos estão à beira de morrer como país.
Nessa ordem de ideias, se ao tempo de Monsenhor Della Casa "a experiência do escritor era considerada "um estado de guerra", não o será, pois, menos actualmente, não o foi menos ontem, quando alguém gritava em Alepo: "O silêncio do mundo está a matar.-nos."
Termino apelando a todos os presentes que é chegado o tempo de: dizer não o que é preciso, mas que é preciso; que todas as vidas, como lembrou clarice Lispector, são "vidas heróicas"; e todos os povos aquilo que são as suas memórias, a sua memória profunda.
Contando com a vossa benevolência, evoco Camões, o poeta que exaltou o povo que se aventurou a dar novos mundos ao mundo para - diria ele: na vossa lustrosa e grata companhia - considerar que:
"Já deve bastar o que aqui digo para dar a entender o que mais calo."
Durante o almoço o escritor, poeta, dramaturgo e Amigo da Companhia de Teatro de Braga, Vergílio Alberto Vieira, brindou os convivas com este belíssimo texto que merece ser partilhado.
Com a presença de tão ilustres escritores numa das mais antigas cidades ibéricas a que chegaram legiões romanas, séculos depois de visitada por Celtas e Suevos, que escolheram para morar, Braga tem hoje boas razões para vos proporcionar, não apenas a visita aos lugares históricos que enaltecem o seu património cultural e urbano, mas a convivência coma a lingua portuguesa, legado inestimável do cosmopolitismo que caracterizou a epopeia marítima cantada em Os Lusíadas, de Camões.
A Língua que falámos, e em que escrevemos, sendo o nosso maior bem, e a pedra de toque de uma universalidade que ecoa em todos os continentes, é como das línguas maternas reconheceu Alfred
Döblin, escritor que, acossado pelo nazismo, passou por Portugal a caminho da diáspora: "(..) uma forma de amar os outros."
Num tempo em que os sinais de degradação histórica intimam o escritor a estar vigilante, e a ser testemunha irrefutável no processo para que o tribunal das memórias nos convoca, nenhum de nós poderá sentir-se bem consigo, nem com o mundo, se por comodidade ou indiferença não responder à chamada para a qual a resistência ética de que falava Emmanuel Levinas conta connosco.
Assim sendo, permitam-me exortar-vos à conciliação num momento em que a história das nações mais se sente ameaçada, num tempo em que cada pátria em que nascemos nos leva a admitir que todos os povos estão à beira de morrer como país.
Nessa ordem de ideias, se ao tempo de Monsenhor Della Casa "a experiência do escritor era considerada "um estado de guerra", não o será, pois, menos actualmente, não o foi menos ontem, quando alguém gritava em Alepo: "O silêncio do mundo está a matar.-nos."
Termino apelando a todos os presentes que é chegado o tempo de: dizer não o que é preciso, mas que é preciso; que todas as vidas, como lembrou clarice Lispector, são "vidas heróicas"; e todos os povos aquilo que são as suas memórias, a sua memória profunda.
Contando com a vossa benevolência, evoco Camões, o poeta que exaltou o povo que se aventurou a dar novos mundos ao mundo para - diria ele: na vossa lustrosa e grata companhia - considerar que:
"Já deve bastar o que aqui digo para dar a entender o que mais calo."
05/10/16
Residência artística de exploração de som e vídeo na Estação de Braga
Nils Meisel e Frederico
Madeira desvendam algumas das ideias que se propõem explorar na residência
artística, que desde o início de setembro, tem explorado a vida da Estação de
Braga.
Esta residência pretende
construir uma narrativa audiovisual, de carater experimental, que demonstre a
dialética entre aquilo que é constante e o que é transitório na interação das
pessoas (“habitantes”) com o espaço da Estação de Braga (nos edifícios antigo e
novo) e/ou com os espaços circundantes à própria Estação.
Durante dois meses, Nils
(som) e Frederico (vídeo) farão a recolha das imagens e dos sons que constroem
a vida da Estação e que se mistura com a vida dos seus “habitantes”: a chegada,
a partida, a espera. Esse material será, obviamente, filtrado e construída uma
sequência em que o som e a imagem mantêm um diálogo permanente, contudo,
funcionando, quase sempre, como unidades independentes uma da outra.
Deste trabalho resultará
uma curta-metragem que a ser apresentada em pequenos festivais ou mostras nos
espaços da Estação ou outros, de forma idêntica ao que já foi feito na
iniciativa Mostra’Cidade / A Rua Vestida, do projeto BragaCult.
No decorrer do trabalho
serão feitas atualizações que darão conta do progresso deste projeto nas redes
sociais da CTB e/ou num blog próprio [Pombas Pombas].
Edifício Antigo da Estação de Braga (foto: João Vilares) |
Maria Augusta Produções – CTB
A CTB tem vindo a apostar
na área da formação (oficinas) e cada vez mais nos novos media, como complemento da sua programação teatral. Isto tem-se
mostrado vantajoso, quer na formação de novos públicos, quer no estabelecimento
de novas convivências com artistas e criadores vários, cujo percurso está ou
esteve de alguma forma ligado à Companhia, mas que trabalham em áreas que
abrangem não só a prática teatral, mas também a Literatura, as Artes Plásticas,
o Som, o Vídeo, etc. Em sequência deste processo, propõe-se agora a CTB programar uma série de
residências, a acontecer no espaço da Antiga Estação de Braga.É também desejável que exista nestas mostras uma maior conexão entre a CTB
e outras instituições em Braga, como o GNRation e o espaço Projectil e que
estes possam cooperar com projetos em conjunto.
Nils Meisel
Nasceu em Münster, em 1981. Vive e trabalha no Porto,
Estugarda e Berlim.É um artista convidado da CTB. Participou como músico na
produção de “Os Desaparecidos”, co-produção entre a O-Team, Pathos München e
Companhia de Teatro de Braga.Licenciado em som & imagem e com mestrado em Design
de Som, conservatório de Piano e outros estudos musicais.Trabalha na área de som abrangendo a composição musical,
experimentação, interatividade, teatro e performance.Site: http://nilsmeisel.tumblr.com/
21/09/16
Braga e CTB no roteiro do 82º Congresso PEN International
De 26 de setembro a 2 de outubro realiza-se na cidade galega de Ourense o 82º Congresso PEN International.
Esta é a segunda vez - a primeira foi em Santiago de Compostela, em 1993 - que a Galiza acolhe este evento que quer "erguer pontes literárias".
No programa das atividades propostas aos participantes está uma excursão, no dia 30 de setembro, à nossa cidade.
A Companhia de Teatro de Braga tem a honra de se associar a este evento com o espetáculo Um Picasso de Jeffrey Hatcher. O espetáculo terá lugar no Teatro da Escola Sá de Miranda.
Este espetáculo, 122ª produção da CTB, teve a sua estreia, no Theatro Circo, a 2 de maio de 2014. Interpretado por Rui Madeira (Picasso) e Solange Sá (Fraulein Fischer) que foram dirigidos pelo encenador brasileiro Eduardo Tolentino de Araújo.
14/09/16
Inscrições Abertas para as Oficinas de Leitura e Interpretação e Oficina Comunidade de Leituras Dramáticas
A CTB realiza, no âmbito do projeto BragaCult 3 – dar a volta à cabeça, duas oficinas: Oficina de
Leitura e Interpretação e Oficina Comunidade de Leituras Dramáticas.
No dia 19, será realizada uma reunião geral, às 19h00, no
Theatro Circo, com todos os interessados, em que serão discutidos horários e
locais para a realização das atividades relacionadas com as oficinas.
As oficinas são abertas a toda a comunidade de Braga, não
obstante, são especialmente dirigidas a um público maior de 15 anos, alunos do
ensino básico ao universitário, jovens em risco de abandono escolar, jovens com
necessidades educativas especiais, professores (em atividade), reformados,
desempregados, imigrantes e minorias étnicas.
Sílvia Brito orienta a Oficina de Leitura e Interpretação
que, por exemplo, no caso das ações com estudantes, utilizar-se-ão textos que
constam nos programas das disciplinas de português e Literatura Portuguesa ou
do Plano Nacional de Leitura em consonância/complementaridade com o programa
pedagógico estabelecido nas escolas/grupos em que for realizada a oficina.
A Oficina Comunidade de Leituras Dramáticas, orientada por
Rui Madeira e Sílvia Brito, tem por objetivos melhorar as capacidades de
leitura interpretativa, melhorar a comunicação verbal, melhorar a comunicação a
partir da expressão corporal, contribuir para uma mais elevada cultura
dramática e melhorar a qualidade do espetador de teatro.
Para mais informações e visitem a nossa página (http://www.ctb.pt/the-oficinas/) ou
sigam-nos em https://www.facebook.com/companhia.teatrobraga/ e/ou
https://www.facebook.com/Bragacult/.
O Projeto BragaCult visa contribuir para a revitalização
cultural e social da região, centrado na cidade de Braga e com parcerias
estratégicas em Amares, Barcelos e Vila Verde, a partir de novas propostas dinâmicas
que, de modo sustentado, contribuam para promover a igualdade de oportunidades,
o acesso e compreensão dos códigos artísticos, através da participação ativa de
setores específicos das populações, na busca de melhores públicos e mais
qualificada Cidadania.
13/09/16
Oficina de Movimento e Ritmo na CERCI Braga
Começou no dia 7 de setembro a
Oficina de Movimento e Ritmo na CERCI Braga. A oficina orientada pelo ator
Rogério Boane tem previstas duas sessões semanais até ao dia 16 de outubro.
Rogério Boane exemplifica um exercício (foto: JV) |
Esta oficina propõe-se realizar
atividades dinâmicas de exploração corporal rítmica que estimulem a perceção
atuante e expressiva do corpo através de exercícios de movimento associados à
dança e ao ritmo-percussão. Serão abordadas técnicas de aquecimento, exercícios
de postura, noções de espaço, tempo e energia, expressão individual e
organização grupal, noções de coreografia, combinação de movimentos, relações
profundas entre corpo e música.
Tem por objetivos: promover a
tomada de consciência do movimento e do ritmo do corpo; explorar o potencial
criativo do corpo para comunicar significados e de se autoexpressar;
desenvolver a autoestima dos participantes através da expressão corporal e
rítmica; e proporcionar um contato lúdico e disciplinado com o movimento e com
princípios de natureza musical, em particular a percussão.
As ações serão coordenadas pelo
ator da CTB, Rogério Boane e são destinadas aos seguintes públicos: cidadãos
adultos e jovens a partir dos 12 anos; alunos do ensino básico, secundário e
universitário; jovens em risco de abandono escolar; jovens com comportamentos
de risco; jovens com necessidades educativas especiais; pessoas com
multi-deficiência; imigrantes e minorias étnicas; pessoas em processo de
recuperação de dependências, pessoas em risco ou situação de exclusão social.
Nº de participantes por ação: 15
Duração de cada ação (total): 30 horas
Nº total de ações: 3 (1 por cada ano do projeto: 2016/2017/2018)
PERFIL: Rogério Jorge Boane
Rogério Boane (Foto: J. Fejó) |
Ator, bailarino e
músico. Natural de Moçambique.
Em Moçambique como bailarino
entrou nos bailados Lágrimas do Passado do grupo Milorho, representando a
personagem principal – o Rei, e A Gota da Vida, com coreografia e
encenação de Lúcio da Conceição, bailado que em itinerância foi apresentado em
todas as províncias de Moçambique. Esteve presente no Festival Comemorativo
da Abolição da escravatura nas Ilhas Maurícias, com o grupo de Canto e Dança
Milorho, fazendo parte da Comitiva do Ministro da Cultura.
Enquanto ator participou na peça O Poder da Terra do grupo de Teatro Xitlhango e ainda, no Workshop da Cena Lusófona, tendo sido escolhido para representar o seu país na peça Quem Come Quem, integrado no projecto Viagem ao Centro do Círculo, uma coprodução da Cena Lusófona, A Escola da Noite, CTB – Companhia de Teatro de Braga e Teatro Vila Velha (Brasil), que teve a estreia em Coimbra e à qual se seguiram apresentações em Braga e no Porto.
Em Portugal, a convite da CTB, participou no Grande Porto do Sul, espetáculo integrado no Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, com direção musical e composição de Carlos Martins e encenação de Rui Madeira.
Enquanto ator participou na peça O Poder da Terra do grupo de Teatro Xitlhango e ainda, no Workshop da Cena Lusófona, tendo sido escolhido para representar o seu país na peça Quem Come Quem, integrado no projecto Viagem ao Centro do Círculo, uma coprodução da Cena Lusófona, A Escola da Noite, CTB – Companhia de Teatro de Braga e Teatro Vila Velha (Brasil), que teve a estreia em Coimbra e à qual se seguiram apresentações em Braga e no Porto.
Em Portugal, a convite da CTB, participou no Grande Porto do Sul, espetáculo integrado no Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, com direção musical e composição de Carlos Martins e encenação de Rui Madeira.
Enquanto ator da CTB participou
nas peças:
- Uma Comédia na Estação de Samuel Benchetrit, com encenação de Rui Madeira e com representações em algumas cidades portuguesas e em Cagliari (Sardenha) na Itália;
- Têpluquê de Manuel António Pina, com encenação de José Caldas. Nesta peça, além de ator foi também responsável musical;
- Cantiga para Já de Jean-Pierre Sarrazac (coprodução com Companhia de Teatro de Braga/Coimbra Capital Nacional da Cultura/Centro Dramático Galego), com encenação de Jean-Pierre Sarrazac;
- Da Vida de Komikaze de Alexej Schipenko, com encenação de Rui Madeira;
- A Estalajadeira de Carlo Goldoni, com encenação António Durães;
- O Menino Dino da autoria e encenação de José Ananias;
- Doroteia de Nelson Rodrigues, com encenação de Rui Madeira;
- A Vida Como Exemplo da autoria e encenação de Alexej Schipenko;
- Praça de Touros da autoria e encenação de Alexej Schipenko;
- Buraco de autoria de Regina Guimarães e encenação de Rui Madeira;
- Pára-me de Repente de Vergílio Alberto Vieira, encenação de Rui Madeira;
- Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, encenação Rui Madeira;
- O Escaravelho Contador de Manuel António Pina, encenação José Caldas;
- Os Lusíadas a partir de Luís de Camões, encenação Alexej Schipenko;
- As Bacantes de Eurípides, encenação de Rui Madeira;
- Trilogia (1)José (2)Rubem (3)Fonseca de Rubem Fonseca, encenação de António Augusto Barros;
- A Cabeça do Baptista de Ramón del Valle-Inclán, encenação de Manuel Guede Oliva;
- Último Acto um espetáculo de Anna Langhoff, Alexej Schipenko e Rui Madeira;
- Transit de Regina Guimarães e Saguenail, encenação de Rui Madeira;
- Jardim de Alexej Schipenko;
- Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett, encenação de Rui Madeira;
- Projeto Oresteia: trilogia Agamémnon, Coéforas e Euménides, de Ésquilo, encenação de Rui Madeira;
- Justiça, de Camilo Castelo Branco, encenação de Rui Madeira;
- Ainda o Último Judeu e os Outros, texto e direção de Abel Neves.
12/09/16
CTB traz de volta "Um Picasso" ao Theatro Circo
Em 1937,
Pablo Picasso pintou “Guernica”. O quadro foi inspirado pela brutal destruição
da pequena cidade espanhola, que o líder fascista Francisco Franco permitiu que
os nazis usassem para treinar bombardeamentos. O quadro é visto como uma
obra-prima na qual são mostrados os horrores da guerra, não obstante, durante
grande parte da sua carreira, Picasso ter procurado distanciar-se da política.
Quando os nazis ocuparam Paris, em 1940, o pintor permaneceu na cidade. Em Um Picasso,
Jeffrey Hatcher oferece-nos uma provocativa especulação teatral em como o famoso
pintor terá interagido com o regime nazi e, simultaneamente, explora as
questões da inspiração artística e censura.
Guernica de Pablo Picasso |
A Companhia
de Teatro de Braga estreou Um Picasso a 2 de maio de 2014. A encenação foi de
Eduardo Tolentino Mendonça e a tradução de Brian Head. Inicialmente
protagonizado por Ana Bustorff e Rui Madeira.
Rui Madeira
e Solange Sá voltam ao pequeno auditório do Theatro Circo para mais três
espetáculos da 122ª produção da CTB, de 13 a 15 de setembro, às 21h30.
sinopse
Paris ocupada pelos alemães. A
Gestapo “quer” uma obra de Picasso para uma “vernissage”. Picasso, é levado
para um bunker, onde conhece uma atraente loura que está ali em missão secreta:
obter a autenticação de Picasso em, pelo menos, um de três auto-retratos do
artista. Pretende incluir Picasso numa vernissage com obras de Klee, Miró e
Leger. Depois de uma apaixonante esgrima verbal entre o artista e a agente,
Picasso acaba por assumir os três desenhos, de diferentes períodos da sua vida.
Feliz pela missão cumprida e pelo desenrolar da relação entre eles, Fraulein
Ficher convida Picasso a sair dali com ela e o pintor indaga onde e quando
ocorrerá a exposição? Pela resposta evasiva percebe que se trata afinal de uma
manifestação nazi onde se queimarão obras de “arte degenerada”. A reacção de
Picasso é violenta, passando a negar a autenticidade dos desenhos, com a agente
a exigir uma justificação mais plausível. Picasso satisfaz com argumentos a
exigência e deixa a loura sem o objectivo final da sua visita: uma obra
autenticada. Depois de mais uma luta verbal intensa e estimulante, o artista
começa a desenhar a própria Fraulein, continuando o jogo de sedução entre eles.
Picasso acaba por destruir o retrato e tenta violá-la. Na luta, ela cospe-lhe
no rosto e ele volta ao desenho para tentar captar a raiva da mulher,
incentivando-a a despir-se…
Rui Madeira
Fraulein Fischer - Porquê? O que há nesse quadro...? (Picasso percebe que ela está a procurar algo.) Nós tínhamos acordo para um Picasso. O señor parece incapaz de escolher, de forma que vou eu escolher por si. (Apanha o primeiro quadro.) A menina. Não. seria triste a vê-la ser queimada.Poderá provocar uma reação indesejável entre os espetadores. (Apanha o segundo.) A Barba por fazer. Demasiado patético. Muito óbvio. E nenhum destes é suficientemente «degenerado». (Apanha o terceiro.) Mas a mistura absurda. Siiim! Obviamente de Picasso, obviamente repugnante, vulgar, pornográfica. O señor afirma ter feito este há uns três ou quatro anos.
Arte degenerada é a tradução em português do alemão entartete Kunst, termo utilizado pelo regime nazi para descrever virtualmente toda a arte moderna. Tal arte foi banida com base de que era não-germânica ou de natureza "judia-bolchevique", e aqueles identificados como artistas degenerados estavam sujeitos a sanções. Estas incluíam ser despedido da docência, ser proibido de exibir ou vender a própria arte e, em alguns casos, ser proibido inteiramente de produzir arte.
Rui Madeira e Solange Sá em Um Picasso de Jeffrey Hatcher (fotografia: Paulo Nogueira) |
Ficha artística
Autor
Jeffrey Hatcher
Tradução
Brian Head
Encenação
Eduardo Tolentino*
Elenco
Rui Madeira, Ana Bustorff/Solange Sá
Cenografia
pintor Alberto Péssimo, Arqtº Jorge
Gonçalves
Figurinos
Sílvia Alves
Ambiente
sonoro Pedro Pinto**
Criação
vídeo Frederico Bustorff**
Desenho
de luz António Simón
Design
gráfico e fotografia Paulo Nogueira
*Diretor do Grupo TAPA, fundado em 1979 no Rio de Janeiro.
**Centro de Criação de Vídeo e de Som
RODAVIVA.
ficha
técnica
diretor de montagem Fernando Gomes*
técnico de som e vídeo João Chelo
técnico de operação de luz Vicente Magalhães*
costureira
Celeste Gomes
*Theatro Circo
informação
sobre o espetáculo
duração do espetáculo 60 minutos sem intervalo (aprox.)
classificação
etária maiores de 12 anos
preços
10€ | 5€ (protocolos, estudantes e reformados)
09/09/16
O Projeto Educ'Arte passou a segunda fase do Orçamento Participativo 2017
A CTB – Companhia de Teatro de Braga é parceira, no âmbito do projeto bragaCult3 - dar a volta à cabeça, do Projeto Educ'ARTE (Projeto Nº OP17/PROJ060) da Associação Pais em Rede no Orçamento Participativo de Braga 2017.
O Projeto Educ’ARTE é um projeto que visa o “desenvolvimento de competências sociais e artísticas de crianças/jovens com deficiência/incapacidade (motora, intelectual ou sensorial) com/sem resposta institucional do Concelho de Braga. Surge da necessidade de permitir que este público exerça uma cidadania ativa em áreas de expressão: pintura, música teatro e dança, onde está por acontecer uma inclusão efetiva em escolas/grupos artísticos.”
O Projeto Educ'Arte passou a segunda fase do Orçamento Participativo 2017. Neste momento, estamos em fase de votação, pelo que o vosso apoio é muito importante.
Convidamos todos a apoiarem este projeto. VOTEM!
Convidamos todos a apoiarem este projeto. VOTEM!
06/09/16
Companhia de Teatro de Braga regressa ao trabalho para o segundo semestre de 2016
A Companhia de Teatro de Braga regressa ao trabalho para o segundo semestre de 2016 com uma agenda recheada com as mais recentes produções e uma estreia em novembro.
Com a chegada de setembro anuncia-se o eminente final do Verão. Mas nem tudo são más notícias. Nós, Companhia de Teatro de Braga estamos ansiosos por regressar ao trabalho e continuar a merecer o carinho que o nosso público nos ofereceu durante a primeira metade de 2016.
Julho terminou com a estreia de “Ainda o Último Judeu e os Outros”, escrito e encenado por Abel Neves. O Pequeno Auditório do Theatro Circo esteve quase sempre preenchido nas seis sessões da nossa 129ª produção, nestes 35 anos de existência.
Por falar nos nossos 35 anos, no dia 21 de outubro encerramos as comemorações do nosso aniversário com um sarau, na Sala Principal do Theatro Circo, com um concerto de Jorge Palma & Vicente Palma que, como lembra Rui Madeira, “na companhia compôs músicas para espetáculos, participou como ator/cantor e, sobretudo, ajudou-nos a construir a história destes 35 anos. Com ele vem Vicente Palma (que também faz parte desta história) e que surge na guitarra no piano ou na voz em alguns dos temas que juntos já tocam há mais de uma década. Este sarau será um tempo de homenagem a algumas e alguns que connosco fizeram caminho. E Jorge Palma é um.”
Antes, já neste mês de setembro, retomamos o périplo pelo país levando a Évora “No Alvo”, de Thomas Bernhard. O espetáculo, que estreou no dia 9 de abril de 2015, vai a cena no Teatro Garcia de Resende, no dia 10 de setembro, às 21h30, e é promovido pelo CENDREV (Centro Dramático de Évora).
Nos dias 13 a 15 de setembro, regressamos a Braga, ao Pequeno Auditório do Theatro Circo, para o espetáculo “Um Picasso”, de Jeffrey Hatcher. A 122ª produção da CTB, que vai já no terceiro ano consecutivo em cena (estreou a 2 de maio de 2014), foi encenada por Eduardo Tolentino de Araújo e é representado por Solange Sá (Fraulein Fischer) e Rui Madeira (Pablo Picasso).
“Justiça”, produção que estreamos em 16 de abril de 2016, regressa ao Theatro Circo para mais quatro espetáculos na sala principal, de 20 a 23 de setembro (20 e 22 às 21h30; 21 às 15h00 e às 21h30).
O drama de Camilo Castelo Branco será também apresentado, no dia 24 de setembro, às 22h00, no Teatro Diogo Bernardes, naquela será a primeira vez da CTB no teatro limiano que festeja, a 19 de setembro, o seu 120º aniversário.
Como na canção de Jorge Palma, a Companhia de Teatro de Braga “vai e vem, deixa no palco tudo o que tem”. Assim, regressamos com a “Justiça” à nossa residência para mais três espetáculos e deixarmos tudo em palco. Será nos dias 4, 6 e 8 de outubro, às 21h30.
Pelo meio, no dia 7, às 21h30, levaremos este mesmo espetáculo à Casa Museu do seu autor, em São Miguel de Seide (Vila Nova de Famalicão).
No final do mês, dias 28 e 29, será a vez de Vila Verde receber "Justiça", na Academia De Música.
Nem só de reposições se faz, obviamente, a vida da Companhia de teatro de Braga. No início de setembro, começam os ensaios do espetáculo “As Criadas” de Jean Genet. A nossa produção com o número redondo (130) será dirigida por Rui Madeira e as atrizes Mariana Reis, Solange Sá e Sílvia Brito compõem o elenco. A estreia acontece no dia 17 de novembro, no Theatro Circo e é uma co-produção com a Seiva Trupe.
Agenda da CTB para setembro |
22/07/16
Estreia de Ainda o Último Judeu e os Outros
A Companhia de Teatro de Braga estreou, ontem, a sua 129ª produção. Ainda o Último Judeu e os Outros, de Abel Neves.
O Pequeno Auditório do Theatro Circo esteve cheio para assistir à interpretação do texto que o próprio autor dirigiu com o elenco da CTB.
Os momentos de humor, quase todos protagonizados pelo casal de caçadores, Arlete (Solange Sá) e Nelse (Rogério Boane), são muitos e ajudam à descompressão de um tema - o genocídio dos judeus na II grande Guerra - que tem, obviamente, uma carga dramática intensa.
Durante todo o espetáculo, o público reagiu positivamente terminando com uma ovação aos artistas, de pé e durante vários minutos.
Não percam a possibilidade de assistir a este excelente espetáculo da CTB. Ainda o Último Judeu e os Outros continua, hoje e amanhã, às 21h30 e no domingo, às 16h. Na próxima semana, estará em cena de terça a quinta (26 a 28), também às 21h30.
Obrigado a todos por terem estado connosco. Sem vocês isto não faria sentido!
05/07/16
Companhia de Teatro de Braga começa já a preparar os próximos 35 anos
O espetáculo escrito e dirigido por Abel Neves, estreia no dia 21 de julho, às 21h30, no Pequeno Auditório do Theatro Circo, em Braga.
Ainda o Último Judeu E Os Outros fala de Daniel, um jovem que “vive obcecado com a história trágica dos judeus – a sua avó, mãe de Judite, sofreu, em criança, com o assassinato dos pais, ambos judeus, no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau – Daniel não descansa enquanto não confronta Judite com uma época que ela não aceita lembrar e, sobretudo, não quer assumir por via do sangue materno.” a história passa-se num
Este é o segundo texto de Abel Neves para a Companhia de Teatro de Braga. O primeiro, Sabe Deus Pintar o Diabo teve a encenação a cargo de Rui Madeira e foi distinguido, em 2014, com o Prémio Melhor Texto Português Representado em 2013, da Sociedade Portuguesa de Autores.
Ainda o último Judeu E Os Outros estará em cena no pequeno auditório da sala bracarense, de 21 a 28 deste mês, e terá as seguintes sessões: 21 a 23, às 21h30; 24, às 16h00; de dia 26 a 28; às 21h30. O espetáculo tem a duração aproximada de 90 minutos e destina-se a um público maior de 12 anos. Os bilhetes custam 10€ (geral), 5€ (cartão quadrilátero ou para grupos de 10 pessoas)
Ontem, no Espaço DST da 25ª Feira Do Livro de Braga, houve uma Conversa com Abel Neves e Rui Magalhães (Editora Húmus), e que contou com a moderação de Rui Madeira (diretor da CTB), sobre as recentes obras teatrais do dramaturgo montalegrense, Ainda o Último Judeu E Os Outros e Ossman (Húmus, 2016).
Ficha artística
autor Abel Neves | direção Abel Neves | assistência de direção António Jorge | cenografia Acácio Carvalho | adereços António Jorge, Manuela Bronze | figurinos Manuela Bronze | criação vídeo Frederico Bustorff | criação sonora Pedro Pinto | design gráfico e fotografia Paulo Nogueira | desenho de luz Nilton Teixeira | elenco Alexandre Sá, Carlos Feio, Eduarda Pinto, Rogério Boane, Sílvia Brito e Solange Sá.
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