21/12/17
A quadratura do círculo e a importância da Performart
Passada que está esta difícil
fase do processo de Candidatura aos apoios “ditos” sustentados e, embora
consideremos este processo longe do fim (e bem capaz de provocar ainda
múltiplas surpresas), o tempo exige-nos que, no mesmo passo que nos preparamos
para aquelas, devamos iniciar uma reflexão, mais aprofundada possível, sobre o
futuro. A Ana Cristina sugeriu-me que alinhavasse um texto a partir da minha
intervenção na última assembleia. Confesso que a responsabilidade me tolheu,
dada a enorme complexidade em que, a meu ver, estamos enredados. Assim,
partindo da minha análise pessoal sobre “este tempo” proponho-me elencar alguns
pontos que considero basilares, para a reflexão partilhada sobre uma política
de apoio à criação artística ao “chamado 3º sector”.
Tenho consciência que a
Performart é uma associação de estruturas muito diversificadas quanto a
projectos, meios e fins; modelos de gestão e de financiamento, recursos
humanos, etc. Essa diversidade e riqueza pode/deve ser entendida como a sua
primeira grande qualidade, residindo aí o caracter perfeitamente inovador da
mesma, no nosso panorama. Significa que o que conseguirmos assumir e
consensualizar, enquanto associação, estará em melhor condição de ser afirmada
e defendida.
Passo então aos pontos, valendo-me do tema da reunião:
análise do Grupo de Trabalho, sobre o "Novo Modelo de Apoio às Artes"
para, uma vez terminada a fase de candidaturas, fazer a avaliação dos
Avisos de Abertura para os Programas de Apoio Sustentado às
Artes (nomeadamente no que se refere aos montantes disponíveis para o
setor e às condições de acesso aos patamares de apoio) e do formulário de
candidatura.
A montante temos que:
1.O Estado não assume a sua
função de regulador (ensino artístico; estatuto profissional, definição de
serviço público) nem produz um quadro de políticas sectoriais, que a partir do
território, definam uma perspectiva estruturante para uma política de Cultura (e
de Criação) para o país.
2. O Estado fala do terceiro
sector como sendo aquele com quem contrata “serviço público”, a
estruturas/empresas que, pela sua posição no terreno, estão mais próximas do
cidadão. Mas isso acontece, porque o Estado se demitiu de assumir e aumentar o
setor público na área da criação artística. E mesmo que o assumisse teria
sempre de “contratualizar”.
3. Essa falha, associada a
outras, como o subfinanciamento, em razão de uma objectiva e sistemática
negação em reconhecer o custo da coisa “artes de palco”, está na origem da situação
de precariedade endémica do sector.
4. O Estado não resolveu e,
talvez não esteja interessado em resolver, o verdadeiro nó górdio da actividade
de programação cultural no país: O Estado financiou equipamentos plasmados no
todo nacional. O Estado comparticipa no financiamento à criação artística, no
todo nacional. Mas não regula e não cria condições para a circulação dessa
criação naqueles equipamentos. Como resolver isto? Com que modelo de
intervenção? Devemos pensar nisto sem
preconceito. Trata-se de preservar a cultura nacional. Os resultados do INE
sobre a “importação cultural” e os custos associados, são claros. E deviam
fazer corar os nossos responsáveis quando falam de internacionalização da
cultura portuguesa, como um objectivo a que temos de dizer SIM.
5. A manutenção reiterada de um
discurso político, perverso, em que se confundem os objectivos a atingir com
desejos de os alcançar. Se baralham conceitos e montantes, afirmação de
processos de auscultação muito democráticos e resultados sustentados em
subjectividade, conduzem inexoravelmente à situação que vivemos hoje.
Pelas minhas contas, tendo
presente e comparando o ano anterior, não há mais dinheiro neste concurso para
o teatro. Em 2017, tivemos cerca de 11.350.000€ para 88 projectos. E agora
teremos cerca de 12 milhões, não sabemos para quantos projectos. Se tivermos em
conta mais Açores. Madeira, Artes de Rua, Circo… (que aliás devem ser
apoiados). Se entendermos o que quer dizer a cativação (730.000€), no primeiro
ano, de que se fala no Aviso de Abertura do Concurso…
6. Urge analisar bem o discurso
político que sustentou esta situação concursal, os objectivos definidos no
projecto lei, no decreto e no Aviso de Abertura e, compará-los com a realidade
dos montantes efectivos, com o que nos foi exigido em sede de preenchimento de
formulário e a realidade das estruturas.
E, digamos, a jusante temos
então:
1. Um formulário que se nos apresenta na crueza do seu preenchimento, como exemplo
despudorado do que já sabíamos: Os responsáveis políticos pela área da Cultura
querem verdadeiramente acabar com as estruturas que dizem querer apoiar,
criando condições para um melhor desempenho junto dos públicos e, uma melhor
performance artística e de gestão. O formulário trata as estruturas como projectos
pontuais. E esta questão é estruturante. O Estado vê o sector com os olhos do
Programador. Vê e analisa cada actividade, como um caso, um projecto. Para eles,
um projecto a 4 anos é apenas um conjunto numérico de actividades pontuais. Nada
existe no formulário que assuma um projecto global, estratégico, estruturado e
pensado, num tempo, (antes e depois do concurso), chegando mesmo à aberração de
exigir a cada actividade um plano de comunicação e marketing específico, não
criando espaço para a explanação de um plano global e estratégico. A DGArtes
não possui Centro de Documentação, nem as pessoas que compõem o Júri, são
obrigadas (mas deviam) a conhecer as estruturas. Ora, se não existe no
formulário nada para lá da exigência de “redacções argumentativas”…
2. O formulário trata as
estruturas como projectos pontuais quando não permite que uma qualquer
estrutura possa ter nos seus recursos humanos mais pessoas do que eles intuíram.
Constata-se (no caso da CTB) ao preencher o formulário que, para sermos exactamente
sérios e objectivos, teríamos de despedir 8 pessoas com contrato e na segurança
social. De outro modo não estaríamos em condições de admissibilidade, já que
não cumpríamos os tais 50% do montante solicitado para custos de estrutura.
Quer isto dizer, que a DGArTes, não entendeu que uma companhia pode ter outros
financiamentos, e que uma coisa é o montante solicitado ao Ministério, para
contratualizar e outra coisa é o orçamento da estrutura.
3. Esta questão é importante, já
que o Estado pensa que resolve o combate à precariedade com 3 pessoas. E não
exige mais, porque sabe quanto custa a criação artística e não a quer
financiar, quer isso sim, subfinanciar. O Estado não está a contratualizar
serviço público. O Estado está a esmifrar os artistas e as estruturas e a
obriga-los a cumprir desígnios que o Estado não está disposto a garantir
directamente, porque sabe que lhe custa mais caro.
Por fim, proponho que levemos a
cabo, internamente um estudo rápido sobre a Performart, isto é, sobre o seu
universo: quantos somos? quem somos, que vínculo temos com cada estrutura, anos
de profissão?, sei lá…. esse conhecimento, parece-me, ajudará muito a uma
reflexão aprofundada.
Ver também:
Rui Madeira
23/11/17
Projecção da reportagem "Operación Dulcinea" na Shairart no âmbito do projecto BragaCult
No dia 27 de Novembro, às 21h30, na galeria Shairart a Companhia
de Teatro de Braga – através do seu projecto de formação de públicos de teatro
BragaCult – fará a apresentação da reportagem, “Operacion Dulcinea”.
Luís Menéndez |
José Manuel Mendes |
A reportagem foi realizada para a TV Galiza, em 1995, e conta
a história do sequestro do paquete Santa Maria, em Janeiro de 1961, através do
relato de alguns dos envolvidos e de algumas imagens inéditas do assalto.
A par da projecção da reportagem, o evento contará com a
presença do autor, Luís Menéndez, e com José Manuel Mendes (professor da
Universidade do Minho) que nos dará uma perspectiva portuguesa sobre os acontecimentos
do início da década de 1960.
Este evento insere-se e complementa a apresentação pública
da Oficina de Leituras Encenadas do livro “Mar Revolto”, de Roberto Vidal Bolaño,
que constrói a peça centrada no olhar dos mais humildes, os passageiros dum
camarote de terceira classe do navio Santa Maria.
A oficina dirigida pelo dramaturgo e encenador Manuel Guede
Oliva teve a participação de cerca de 30 participantes. Nos dias 28, 29 e 30 de
Novembro haverá apresentações públicas, de entrada livre, na Antiga Estação de
Braga, às 19h.
Navio rebaptizado de Santa Liberdade pelo comando do DRIL |
22/11/17
Projecto BragaCult apresenta Leitura Encenada de "Mar Revolto" de Vidal Bolaño
Está a decorrer a Oficina de Leituras Encenadas sob a
direcção do autor, tradutor e director de teatro Manuel Guede Oliva, realizada
no âmbito do projecto de formação de públicos de teatro da Companhia de Teatro
de Braga, BragaCult, que teve a participação de cerca de 30 pessoas.
Manuel Guede Oliva |
Deste trabalho
resultarão três apresentações públicas, na Antiga Estação Ferroviária de Braga,
nos dias 28, 29 e 30, às 19h00. As sessões tem entrada livre.
Esta oficina desenvolve-se a partir do texto de Roberto
Vidal Bolaño, Mar Revolto. O texto do
dramaturgo galego inspira-se no sequestro do transatlântico “Santa Maria“ em
Janeiro de 1961.
Roberto Vidal Bolaño, autor de "Mar Revolto" |
No “Santa Maria“ cruzaram-se, durante a travessia, um
punhado de homens libertários. Bastaram uma dúzia de portugueses e outros
tantos espanhóis, a maioria galegos – todos membros do Diretório Revolucionário
Ibérico de Libertação (DRIL) – para sequestrar um barco que viajava da Venezuela
para Lisboa e Vigo com quase um milhar de pessoas a bordo.
Os revolucionários exigiam a amnistia dos presos políticos, o
fim das ditaduras de Franco e de Salazar e pôr em marcha uma Confederação de
Povos Ibéricos. Mantiveram o sequestro do navio, com 650 passageiros, durante
12 dias e rebaptizaram-no de “Santa Liberdade“.
O “Santa Maria“ era uma das jóias da navegação civil portuguesa. |
A partir deste acontecimento histórico Roberto Vidal Bolaño
constrói uma peça centrada na perspectiva dos mais humildes, os passageiros dum
camarote de terceira classe.
16/11/17
A CTB apresenta "As Criadas" no Festival de Teatro de Viana do Castelo
Amanhã, dia 17, a Companhia de Teatro de Braga (CTB) apresenta AS CRIADAS, de Jean Genet, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.
Exactamente um ano após a primeira apresentação pública – antestreia a 17 de Novembro de 2016 – no Theatro Circo, o espectáculo encenado por Rui Madeira (numa co-produção com a Seiva Trupe, do Porto) vai a cena, na sala vianense, no âmbito do 1º Festival de Teatro de Viana do Castelo, organizado pela companhia de Teatro do Noroeste e que decorre até 18 deste mês.
AS CRIADAS de Genet encerraram o ciclo Liberdade e Solidão, a que nos obrigamos desde 2013, no ano exacto em que perfez 30 anos da morte do dramaturgo francês. Jean Genet que abordado sobre o problema do tempo, respondeu como Santo Agostinho: “Espero a Morte”.
A 130ª produção da CTB fez até ao momento, 20 representações em 11 cidades portuguesas e espanholas (Braga, Barcelos, Porto, Évora, Badajoz, Cáceres, Almada, Faro, Sevilha, Saragoça e Covilhã).
SOBRE O AUTOR
“Genet é a obscenidade que segue a par com a nobreza, o execrável e o sublime. Nascido de pai incógnito e logo abandonado pela mãe num asilo da Assistência Pública, será nele – órfão com vida apenas vivida em cenários de casas de correcção, prisões e espeluncas – que o séc. XX encontrará um místico entre os que tem de maior estatura. Um anjo que transporta a ferocidade em pleno rosto. O seu sonho permanente era “reabilitar” a miséria humana, onde ele próprio, Genet, se encontrava.” (Yukio Mishima)
Clara Lemercier (Sílvia Brito) e Solange Lemercier (Solange Sá), as irmãs homicidas de As Criadas |
SOBRE O ESPECTÁCULO
Genetialidade
Como numa matrioska o texto dentro do texto dentro do testo, como numa história que se repete sem fim como duas irmãs devotas e humildes como numa cebola que se descasca como numa vida que se vive como o prazer de um serial killer como duas criadas que vestem gestos da patroa como que adrenalina que se experimenta como duas irmãs que treinam o ódio para atingir o indizível como numa aliança de sangue como num terço que se reza sem fim como que em voz baixa como duas irmãs curvadas como o cuspo que nos sai da boca como o escarro que se engole e nos aperta a goela como se vive a Liberdade como o suor duma penetração anal como um ranger de dentes num silêncio de gelo como um pedaço de carne que sai quente do forno e como entra à força na boca do corpo como se maquilha a Solidão como dois corpos se combatem como duas bocas se abrem como duas bocas se fecham como o tempo do silêncio como quando nada se escuta como a palavra: AMOR!
Rui Madeira
Ficha artística
autor Jean Genet | tradução Eduardo Tolentino de Araújo e Rui Madeira | dramaturgia e encenação Rui Madeira| cenografia Acácio de Carvalho | figurinos Manuela Bronze | desenho de luz Nilton Teixeira | design gráfico Carlos Sampaio | fotografia Paulo Nogueira | assistente de encenação Eduarda Filipa|interpretação Sílvia Brito, Solange Sá e Mariana Reis
co-produção Companhia de Teatro de Braga / Seiva Trupe – Teatro vivo
17/10/17
Zimbabué apresenta Braga
A multifacetada artista zimbabueana, Wizzy Mangoma, está em
Braga a realizar uma Residência Artística no âmbito do centro de produção de
áudio e vídeo da Companhia de Teatro de Braga, MARIA AUGUSTA PRODUÇÕES.
Este projecto – Zimbabué apresenta Braga - é um
episódio piloto da série Zimbabueanos
pelo mundo, será bilingue (inglês e português) e terá a duração aproximada
de 30 minutos.
A residência terá a duração de dois meses e contará com a
colaboração de Frederico Bustorff Madeira. O ponto de partida deste trabalho é
a viagem de Wizzy do Zimbabué para Portugal – mais concretamente para Braga – e
será uma reflexão sobre a sua integração no quotidiano dos bracarenses e da própria
cidade.
Zimbabué apresenta Braga pretende também mostrar os diferentes
aspectos da cidade através de um olhar africano. No processo de trabalho serão
incluídos alguns participantes da comunidade de forma a proporcionar uma troca
de experiencias e transmissão de saberes.
Realizadora de cinema, Produtora, Guionista, Autora publicada,
Actriz, Graphic Designer, Designer - acessórios, sandálias e linha
de fitness, Apresentadora de Talk Show, Revisora Editora-Fundadora
e Mentora.
Wizzy fazia parte de um conjunto de teatro chamado 'The
African Ballet Of Dinamarca”, em Copenhague. Teve também um papel numa série de
TV dinamarquesa 'Strisser paa Samsoe'. Viajou pela Europa com a sua própria produção
participando de festivais. Wizzy é uma autora com três livros publicados: “Moment
Treasures”, um livro de poesia; "Como eles encontram um caminho" - Um
Jornal Criativo; e “Manjanja The Shining Red Fruit” um livro para crianças.
Produziu um filme 'When The Voice Sings' e documentários que
foram exibidos no festival internacional do cinema no Zimbábue.
Wizzy tem uma marca chamada Wizzy's Lounge e trabalha em
conjunto com uma equipa de media Heart of Africa Studios. Fizeram vários
projectos de filmagem incluindo o projecto de documentário de arte para o Zimbabwe National Gallery.
Ela tem um talk-show, Wizzy's
Lounge TITAURE, onde ela tem diferentes Artistas zimbabueanos como
convidados no programa. Ela também tem uma revista online (www.wizzyslounge.com) com enfoque no estilo de vida, artes
e cultura.
Wizzy tem sido júri num dos pioneiros programas de talentos
na televisão do Zimbabué, Starbrite 2016.
Ela orienta diferentes jovens artistas para ajudá-los a crescer na sua área de performance.
Wizzy Mangoma é vibrante e apaixonada por tudo que lhe foi
apresentado. Ela está ligada às organizações de caridade e sente que não importa
o que você passar, você ainda pode devolver e ser aquela vela de ESPERANÇA (HOPE).
27/09/17
História do Cerco de Lisboa no Theatro Circo
É já esta sexta-feira, dia 29, que a História do Cerco de Lisboa é apresentada em Braga, na Sala Principal do Theatro Circo. O espectáculo estará em cena até dia 4 de Outubro, num total de 5 representações.
A partir da obra homónima (sem diálogos) do escritor português, Prémio Nobel da Literatura em 1998, José Gabriel Antuñano (crítico de teatro e dramaturgo espanhol) criou a dramaturgia que diz ter “sido um osso duro de roer” mas que após, aproximadamente, meio ano de estudo ficou com uma ideia muito clara de como desenvolver dramaticamente os três planos em que se desenrola o texto acabando por escrever esta adaptação muito rapidamente. “Foi um exercício de reescrita que concentra o espírito do romance e que, sempre cenicamente falando, respeita o texto de Saramago, que contém passagens de grande força dramática”, concluiu.
Esta é uma co-produção entre quatro companhias de teatro portuguesas – Companhia de Teatro de Braga, Companhia de Teatro de Almada, Teatro dos Aloés e A Companhia de Teatro do Algarve – que para o encenador Ignacio García (também espanhol) é, justamente, um dos grandes actractivos deste espectáculo uma vez que estas “provém de territórios, estilos e estéticas teatrais muito diferentes” e que decidiram juntar-se para construir este espectáculo que é “um caso excepcional no panorama teatral luso”. Destaca ainda o facto de serem todos grandes actores de enorme experiência que “graças à diferença e tensões entre estilos assentam como uma luva numa história tão poliédrica”, e em que todo o elenco tem mostrado um compromisso absoluto com este projecto. “Esta equipa luso-espanhola, revela o espírito integrador de Saramago e o seu sonho de uma unidade ibérica entre espanhóis e portugueses”, resume.
Esta história parte de um acto de rebeldia criativa do revisor Raimundo, ao escrever um “não” nas provas de um livro onde se afirmava que em 1147 os cruzados tinham ajudado os portugueses na conquista de Lisboa aos mouros. Deste “não” surgirá também uma história de amor, entre o revisor e a directora literária Maria Sara – plasmada, de certo modo, nas personagens do soldado Mogueime e da barregã Ouroana. A adaptação de José Gabriel Antuñano vai ao encontro (e vai além) do tema central do romance de Saramago: a fronteira entre a realidade e a ficção, bem como a redenção pelo amor.
História do Cerco de Lisboa estreou a 5 de Julho no 34º Festival de Almada. O espectáculo fará cerca de 40 apresentações nas cidades de Almada, Amadora, Braga e Faro.
Um espectáculo a não perder, no Theatro Circo: 29 e 30 de Setembro, às 21h30; 1 de Outubro, às 16h00; 3 e 4 de Outubro; às 21h30.
FICHA ARTÍSTICA
encenação Ignácio Garcia
dramaturgia José Gabriel Antuñano
cenografia José Manuel Castanheira
figurinos Ana Paula Rocha
iluminação Guilherme Frazão
som Miguel Laureano
elenco Ana Bustorff, Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luis Vicente, Pedro Walter, Rui Madeira, Tânia Silva
fotografia Rui Carlos Mateus
Co-produção: ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve, Companhia de Teatro de Almada, Companhia de Teatro de Braga, Teatro dos Aloés.
Apoio: Fundação José Saramago
Esta é uma co-produção entre quatro companhias de teatro portuguesas – Companhia de Teatro de Braga, Companhia de Teatro de Almada, Teatro dos Aloés e A Companhia de Teatro do Algarve – que para o encenador Ignacio García (também espanhol) é, justamente, um dos grandes actractivos deste espectáculo uma vez que estas “provém de territórios, estilos e estéticas teatrais muito diferentes” e que decidiram juntar-se para construir este espectáculo que é “um caso excepcional no panorama teatral luso”. Destaca ainda o facto de serem todos grandes actores de enorme experiência que “graças à diferença e tensões entre estilos assentam como uma luva numa história tão poliédrica”, e em que todo o elenco tem mostrado um compromisso absoluto com este projecto. “Esta equipa luso-espanhola, revela o espírito integrador de Saramago e o seu sonho de uma unidade ibérica entre espanhóis e portugueses”, resume.
Esta história parte de um acto de rebeldia criativa do revisor Raimundo, ao escrever um “não” nas provas de um livro onde se afirmava que em 1147 os cruzados tinham ajudado os portugueses na conquista de Lisboa aos mouros. Deste “não” surgirá também uma história de amor, entre o revisor e a directora literária Maria Sara – plasmada, de certo modo, nas personagens do soldado Mogueime e da barregã Ouroana. A adaptação de José Gabriel Antuñano vai ao encontro (e vai além) do tema central do romance de Saramago: a fronteira entre a realidade e a ficção, bem como a redenção pelo amor.
História do Cerco de Lisboa estreou a 5 de Julho no 34º Festival de Almada. O espectáculo fará cerca de 40 apresentações nas cidades de Almada, Amadora, Braga e Faro.
Um espectáculo a não perder, no Theatro Circo: 29 e 30 de Setembro, às 21h30; 1 de Outubro, às 16h00; 3 e 4 de Outubro; às 21h30.
FICHA ARTÍSTICA
encenação Ignácio Garcia
dramaturgia José Gabriel Antuñano
cenografia José Manuel Castanheira
figurinos Ana Paula Rocha
iluminação Guilherme Frazão
som Miguel Laureano
elenco Ana Bustorff, Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luis Vicente, Pedro Walter, Rui Madeira, Tânia Silva
fotografia Rui Carlos Mateus
Co-produção: ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve, Companhia de Teatro de Almada, Companhia de Teatro de Braga, Teatro dos Aloés.
Apoio: Fundação José Saramago
14/09/17
Rui Madeira participa como professor e conselheiro artístico em Itália
O director da Companhia de Teatro de Braga, Rui Madeira,
encontra-se em Cagliari (Itália) a participar como professor e conselheiro artístico
do projecto Living Macbeth, da responsabilidade do Teatro Akròama.
Rui Madeira |
Este projecto é uma residência artístico-criativa destinada
a promover e formar jovens artistas e que resultará na criação de dois
espectáculos: um para palco e outro para ser apresentado em espaço urbano.
O espectáculo direccionado para apresentação em espaço “convencional”
de teatro intitula-se “Farsa Nera” e tem dramaturgia de Valentina Capone e
Andrea Consentino.
O segundo, chama-se “Macbeth On The Road” e é um espectáculo,
do Urban Theater, que usará o centro histórico da cidade como espaço cénico com
o intuito de o promover e dinamizar. Neste espectáculo será protagonizado pelos
jovens artistas que participam nos laboratórios leccionados por Rui Madeira.
Esta é uma primeira fase do projecto que culminará com a
estreia de ambos os espectáculos em 2018.
Sala do Teatro Akròama, Cagliari (Sardenha) |
31/07/17
CTB regressa em Setembro com 2 reposições, 1 estreia e 1 acolhimento
No dia 27 de Julho, tivemos o último espectáculo da primeira
metade da temporada da Companhia de Teatro de Braga (CTB). Tivemos o prazer de
acolher a Companhia de Teatro de Almada, na Sala Principal do Theatro Circo,
com a peça O Feio de Marius von Mayenburg.
O Feio (Companhia de Teatro de Almada) |
A CTB regressa, logo no início de Setembro (6 a 9), com a
reposição de No Alvo, de Thomas Bernhard. Espectáculo, estreado em 2015, com
encenação de Rui Madeira e elenco constituído por Sílvia Brito, Solange Sá,
Eduarda Filipa e Frederico Bustorff. Em Maio, na digressão ucraniana da CTB
(pelas cidades de Kherson, Kiev, Bila Tserkva e Mykolaiv) Sílvia
Brito (no papel de Mãe) foi considerada a melhor actriz do festival de teatro Melpomena Tavryy.
A Mãe (Sílvia Brito) em No Alvo (Foto: Paulo Nogueira) |
No dia 12 de Setembro, a Companhia Tranvía Teatro (Saragoça)
– numa co-produção com Teatro del Astillero – apresenta no Pequeno Auditório do
Theatro Circo Milagro, de Luís Miguel
González Cruz. O espectáculo encenado por Cristina Yáñez propõe-nos que pensemos
sobre “o que aconteceria a alguém que, depois de ressuscitar, muda por completo
de ideias, de personalidade e de forma de ser? É outra pessoa? Que aconteceria
com o seu amor? Se apaixonar-se é um milagre, o que aconteceria a um
ressuscitado? Voltaria a apaixonar-se pela mesma pessoa por quem se apaixonou
antes de morrer?” Com Chema Ruiz, Maribel Bravo e Javier Anós.
Emma (Maribel Bravo) e Andrés (Chema Ruiz) em Milagro |
Continuando sob o signo de Viagem, apresentaremos dois espectáculos do nosso reportório em
Portugal e Espanha. O primeiro, no dia 16, no Teatro Regional da Serra de
Montemuro, é Ainda o Último Judeu e os
Outros. O texto escrito (propositadamente para a CTB) e dirigido por Abel
Neves conta a história de Daniel, um jovem de ascendência judia e obcecado com
o genocídio dos judeus durante a II Guerra Mundial. Daniel convoca os pais para
um encontro num local remoto que será palco de um desfecho inusitado.
Ainda o Último Judeu e os Outros, escrito e dirigido por Abel Neves |
Logo no dia seguinte, 17 de Setembro, viajamos para Saragoça
onde apresentaremos o espectáculo que estreamos este ano: Os Cegos de Maurice
Maeterlinck. “Estes cegos estão afinal num trânsito forçado para o
Desconhecido, quiçá para a Morte. Estão afinal presos, paralisados e suspensos
pelos sentidos. Pela escuta. Estão unidos no silêncio, pelas Trevas. Na espera
de uma Palavra dita. Na identificação do Outro. E estão Sós. Lemos o ateu
Maeterlinck e seu Os Cegos, como um teatro de Almas penadas que vagueiam num
Lugar Inferno chamado Europa. São almas refugiadas, despidas, despojadas de
Tudo em busca de Paz.” Um espectáculo criado para comemorar os 10 anos da
Comunidade de Leitura de Textos dramáticos e no qual participam cidadãos de
braga e pessoas de outros países (Paquistão, Nepal, Congo…) que por razão do
mundo conturbado em que vivemos estão a viver nesta cidade.
Os Cegos - um espectáculo no escuro, uma tragédia na Europa. (Foto: Paulo Nogueira) |
De 29 de Setembro até 4 de Outubro, apresentamos, em Braga,
a História do Cerco de Lisboa. A CTB – numa co-produção com A Companhia de
Teatro do Algarve, Companhia de Teatro de Almada e o Teatro dos Aloés (Amadora)
– leva a cena, no Theatro Circo, um espectáculo encenado por Ignacio Garcia e
dramaturgia de José Gabriel Antuñano a partir do texto homónimo de José Saramago.
Um elenco de excelência com caras bastante conhecidas do público: Ana Bustorff,
Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luís Vicente, Pedro
Walter, Rui Madeira e Tânia Silva. “Quatro companhias do teatro independente
reúnem-se para uma realização rara de serviço público cultural: criar um
espectáculo a partir de um romance do Prémio Nobel da Literatura português que
será apresentado, após a estreia em Almada (5 e 6 de Julho, no 34º Festival de Almada),
em Braga, na Amadora e em Faro, num total de 37 representações. Para Ignacio
Garcia, o romance de Saramago consiste sobretudo na história de um “não”, e
numa reflexão sobre os mecanismos da criação literária. Para além das personagens
principais do romance, para a dramaturgia de José Gabriel Antuñano é também
convocado o próprio José Saramago, que estabelece um diálogo com o revisor
Raimundo, o protagonista desta história – que também é de amor.”
24/07/17
O Feio da Companhia de Teatro de Almada encerra a primeira metade da temporada da CTB
A primeira metade da temporada de 2017 está quase terminada. Antes da interrupção para férias, a Companhia de Teatro de Braga irá acolher um excelente espectáculo da Companhia de Teatro de Almada: O Feio de Marius Von Mayenburg.
A peça, encenada por Toni Cafiero, sobe ao palco da Sala Principal do Theatro Circo, no dia 27 de Julho, às 21h30. O Feio estreou, em 2016, no 33º Festival de Almada. Desde logo, considerado pela crítica e o público um êxito. Javier Villán, crítico do jornal espanhol El Mundo, aquando da ante-estreia, escreveu que “O Feio tem o ritmo de um vaudeville agradável, de uma alta comédia inclinada para o absurdo mais puro, contaminada pelo absurdo existencialista. Um diálogo agilíssimo, arguto e muito humor. E excelentes intérpretes que se desdobram em várias personagens”.
Uma crítica mordaz sobre a sociedade de consumo assente nas aparências e na imagem pessoal dos indivíduos. Um espectáculo extraordinário em que Villán destaca, ainda, a expressividade gestual e domínio do corpo por parte do elenco. O cenário, a iluminação e os figurinos completam um trabalho riquíssimo em que nada foi, obviamente, deixado ao acaso.
de Marius von Mayenburg
encenação de Toni Cafiero
Tradução Elena Probst e Rodrigo Francisco
Cenografia E Luz Toni Cafiero e Guilherme Frazão
Figurinos Sandra Dekanic
Selecção Musical Toni Cafiero
Movimento Catarina Câmara e Francesca Bertozzi
Desenho De Som Miguel Laureano
Assistente De Encenação Catarina Barros
A peça, encenada por Toni Cafiero, sobe ao palco da Sala Principal do Theatro Circo, no dia 27 de Julho, às 21h30. O Feio estreou, em 2016, no 33º Festival de Almada. Desde logo, considerado pela crítica e o público um êxito. Javier Villán, crítico do jornal espanhol El Mundo, aquando da ante-estreia, escreveu que “O Feio tem o ritmo de um vaudeville agradável, de uma alta comédia inclinada para o absurdo mais puro, contaminada pelo absurdo existencialista. Um diálogo agilíssimo, arguto e muito humor. E excelentes intérpretes que se desdobram em várias personagens”.
Uma crítica mordaz sobre a sociedade de consumo assente nas aparências e na imagem pessoal dos indivíduos. Um espectáculo extraordinário em que Villán destaca, ainda, a expressividade gestual e domínio do corpo por parte do elenco. O cenário, a iluminação e os figurinos completam um trabalho riquíssimo em que nada foi, obviamente, deixado ao acaso.
O FEIO
O senhor Lette, um inventivo engenheiro, descobre algo de aflitivo: é insuportavelmente feio. Por que é que ninguém ainda lho tinha dito? Após muita insistência, a sua mulher acaba por confessar-lho. Recorre-se à intervenção cirúrgica, e o renascimento de Lette como um homem belo e irresistível granjeia-lhe fama imediata. O cirurgião que o opera gosta tanto da sua obra que a regista e repete em série. O superior de Lette passa a utilizar a beleza do seu colaborador para atrair investidores ricos, mas o idílio da fama não será duradouro: à medida que se criam duplos, o valor de Lette diminui. E mesmo a sua mulher acabará por “desvalorizá-lo” também.
Marius von Mayenburg nasceu em Munique em 1972, tendo-se formado em Alemão Antigo. Em 1922 muda-se para Berlim, onde estuda dramaturgia entre 1994 e 1998. Em 1998 passou a integrar a direcção artística da Baracke, a sala experimental do Deutsches Theater de Berlim. A partir de 1999, juntamente com Thomas Ostermeier, muda-se para a Schaubühne am Lehniner Platz, onde permanece como dramaturgista residente.
Toni Cafiero formou-se na escola Jacques Lecoq, em Paris, e na Academia de Belas-Artes de Bolonha, onde cursou Cenografia. Como encenador trabalhou em Espanha, França, Áustria, Estados Unidos, Croácia, Argélia, Portugal, Turquia e, na área da formação, foi convidado pela RESAD de Madrid, pelo Instituto de Teatro de Barcelona, pelos Conservatórios de Nantes, Montpellier e de Sète, pela Escola Nacional de Chaillot, em Paris, e pela New York University.
Intérpretes André Pardal, João Farraia, João Tempera e Maria João FalcãoMarius von Mayenburg nasceu em Munique em 1972, tendo-se formado em Alemão Antigo. Em 1922 muda-se para Berlim, onde estuda dramaturgia entre 1994 e 1998. Em 1998 passou a integrar a direcção artística da Baracke, a sala experimental do Deutsches Theater de Berlim. A partir de 1999, juntamente com Thomas Ostermeier, muda-se para a Schaubühne am Lehniner Platz, onde permanece como dramaturgista residente.
Toni Cafiero formou-se na escola Jacques Lecoq, em Paris, e na Academia de Belas-Artes de Bolonha, onde cursou Cenografia. Como encenador trabalhou em Espanha, França, Áustria, Estados Unidos, Croácia, Argélia, Portugal, Turquia e, na área da formação, foi convidado pela RESAD de Madrid, pelo Instituto de Teatro de Barcelona, pelos Conservatórios de Nantes, Montpellier e de Sète, pela Escola Nacional de Chaillot, em Paris, e pela New York University.
Tradução Elena Probst e Rodrigo Francisco
Cenografia E Luz Toni Cafiero e Guilherme Frazão
Figurinos Sandra Dekanic
Selecção Musical Toni Cafiero
Movimento Catarina Câmara e Francesca Bertozzi
Desenho De Som Miguel Laureano
Assistente De Encenação Catarina Barros
18/07/17
CENDREV apresenta "Sozinho", no Theatro Circo
Nos dias 19 e 20 de Julho, acolhemos o Centro Dramático de
Évora (CENDREV) com o espectáculo “Sozinho”, de Börje Lindström.
Este espectáculo, que é já o sétimo acolhimento de 2017 (entre
companhias nacionais e estrangeiras), retracta os últimos anos de vida do
dramaturgo sueco August Strindberg e da sua relação com Clara, a criada, e da procura
em compreender a solidão e o medo da morte.
Rosário Gonzaga, encenadora, apresenta-nos “uma pequena
homenagem a Strindberg num espectáculo para todos, onde a brincar se fala de
coisas sérias”.
Quarta e quinta-feira, no Pequeno Auditório do Theatro
Circo, às 21h30. O espectáculo tem aproximadamente 60 minutos.
Ficha Técnica
Autor: Börje Lindström
Versão portuguesa, Rosário Gonzaga a partir da tradução francesa de Anne Barlind
Encenação: Rosário Gonzaga
Cenografia e figurinos: Leonor Serpa Branco
Assistente de cenografia e adereços: Victor Zambujo
Música: António Bexiga
Iluminação e Direcção Técnica: António Rebocho
Actores: Maria Marrafa e Rui Nuno
Construção e Montagem: Paulo Carocho, Tomé Baixinho e Tomé Antas
Arranjos de Guarda-Roupa: Marta Ricardo
Secretariado: Ana Duarte
Produção: Cláudia Silvano
Comunicação: Alexandra Mariano e José Neto
Fotografia: Paulo Nuno Silva
Design Gráfico: Milideias
Participação de dois estagiários do Institut del Teatre de Barcelona: Joaquim Matesanz,
iluminação e Uriel Ireland, som
Agradecimentos: Pierre-Etienne Heymann, Margarida Morgado, Álvaro Corte-Real, Laura Charneca e António Velez.
Estreou:
11 de Maio 2017, no Teatro Garcia de Resende
Versão portuguesa, Rosário Gonzaga a partir da tradução francesa de Anne Barlind
Encenação: Rosário Gonzaga
Cenografia e figurinos: Leonor Serpa Branco
Assistente de cenografia e adereços: Victor Zambujo
Música: António Bexiga
Iluminação e Direcção Técnica: António Rebocho
Actores: Maria Marrafa e Rui Nuno
Construção e Montagem: Paulo Carocho, Tomé Baixinho e Tomé Antas
Arranjos de Guarda-Roupa: Marta Ricardo
Secretariado: Ana Duarte
Produção: Cláudia Silvano
Comunicação: Alexandra Mariano e José Neto
Fotografia: Paulo Nuno Silva
Design Gráfico: Milideias
Participação de dois estagiários do Institut del Teatre de Barcelona: Joaquim Matesanz,
iluminação e Uriel Ireland, som
Agradecimentos: Pierre-Etienne Heymann, Margarida Morgado, Álvaro Corte-Real, Laura Charneca e António Velez.
Estreou:
11 de Maio 2017, no Teatro Garcia de Resende
28/06/17
História do Cerco de Lisboa
História do Cerco de Lisboa, a partir do texto de José Saramago, estreia no dia 5 de Julho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, no âmbito do 34º Festival de Almada.
Este espectáculo será apresentado em Braga, no Theatro Circo, nos dias 29 e 30 de Setembro e nos dias 1, 3 e 4 de Outubro.
Esta é uma co-produção entre a Companhia de Teatro de Almada, Companhia de Teatro de Braga, Teatro dos Aloés e ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve.
texto José Saramago
dramaturgia José Gabriel Antuñano
encenação Ignacio García
cenografia José Manuel Castanheira
figurinos Ana Paula Rocha
luz Guilherme Frazão
som Miguel Laureano
assistente de encenação Marco Trindade
elenco Ana Bustorff, Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luís Vicente, Pedro Walter, Rui Madeira, Tânia Silva
Este espectáculo será apresentado em Braga, no Theatro Circo, nos dias 29 e 30 de Setembro e nos dias 1, 3 e 4 de Outubro.
Foto de ensaio |
Quatro companhias do teatro independente reúnem-se para uma realização rara de serviço público cultural: criar um espectáculo a partir de um romance do Prémio Nobel da Literatura português - História do Cerco de Lisboa - que será apresentado, após a estreia em Almada, em Braga, na Amadora e em Faro, num total de 37 representações. Para Ignacio García, o romance de Saramago consiste sobretudo na história de um "não", e numa reflexão sobre os mecanismos da criação literária. Para além das personagens principais do romance, para a dramaturgia de José Gabriel Antuñano é também convocado o próprio José Saramago, que estabelece um diálogo com o revisor Raimundo, o protagonista desta história - que também é de amor.
Foto de ensaio |
Foto de ensaio |
dramaturgia José Gabriel Antuñano
encenação Ignacio García
cenografia José Manuel Castanheira
figurinos Ana Paula Rocha
luz Guilherme Frazão
som Miguel Laureano
assistente de encenação Marco Trindade
elenco Ana Bustorff, Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luís Vicente, Pedro Walter, Rui Madeira, Tânia Silva
Pintura de José Manuel Castanheira |
19/06/17
Receitas de OS CEGOS revertem em favor das vítimas dos incêndios
Perante a dimensão da tragédia deste fim-de-semana sentimo-nos todos demasiado pequenos e impotentes.
Neste momento tão difícil, a Companhia de Teatro de Braga manifesta o extremo pesar pela perda de tantas vidas. Não podemos ficar indiferentes à dor daqueles que perderam familiares, amigos, vizinhos e tudo por quanto lutaram para construir durante a vida.
Aproveitando o repto dado pelo Presidente da República de “manter e alargar de forma activa e consequente a nossa solidariedade a quantos sofreram e ainda sofrem a tragédia”, nós, Companhia de Teatro de Braga, só podemos ajudar da forma que sabemos. Assim, a totalidade da receita dos nossos espectáculos (Os Cegos), dos dias 20 e 21 de Junho, no Theatro Circo, reverte em favor das vítimas dos incêndios, deste fim-de-semana, na região centro de Portugal.
09/06/17
CTB apoia refugiados a viver em Braga
“Os Cegos, de Maurice
Maeterlinck, é um espectáculo criado no âmbito do projecto bragacult. 3 - dar a volta à cabeça, para a formação de
públicos. Espectáculo que comemora 10
anos da Comunidade de Leituras de Textos Dramáticos, por onde já passaram
mais de 200 pessoas das mais diversas profissões, que leram mais de 50 textos
clássicos e contemporâneos, em sessões públicas e cujos elementos participaram
em criações como: trilogia ORESTEIA, BACANTES, ORATÓRIA DO VENTO, entre outras.
Este é um trabalho, sem actores profissionais, (para fazer o gosto a
Rilke!?), que integrou cerca de 20 cidadãs e cidadãos de Braga e 10 cidadãs e
cidadãos de outras latitudes, (Congo, Síria, Guiné Equatorial, Paquistão,
Nepal…) que em razão do conturbado mundo em que vivemos, se encontram em Braga.”
Bragacult é um projecto urbano para a formação de públicos através de
práticas artísticas e culturais integradas. Alguns dos objectivos deste
projecto passam pela aquisição de capacidades que contribuam para uma maior
integração de grupos excluídos ou socialmente desfavorecidos; contribuir
activamente para a coesão social, eliminando discriminações, assimetrias
económicas, sociais, culturais e territoriais; e contribuir activamente para o
aumento dos sentimentos de pertença do indivíduo na comunidade, através da
promoção da ética social.
Partindo destes princípios, o trabalho da CTB não estaria completo se não
procurássemos fazer um pouco mais pelas pessoas que, quis o destino, tentassem
retomar as suas vidas em Braga. Tal como OS CEGOS do espectáculo “são almas
refugiadas, despidas, despojadas de Tudo em busca de Paz.”
A Companhia de Teatro de Braga em conjunto com a Segurança Social de
Braga, Cruz Vermelha Portuguesa de Braga e outras organizações de solidariedade
social, bem como, dezenas de pessoas anónimas, tem trabalhado, nestes meses,
para que estas pessoas tenham, novamente, um lar. Congratulamo-nos, por isso,
com a onda solidária que este projecto gerou e agradecemos a todos os que
contribuíram com móveis, loiças, roupas, etc..
Um pequeno passo foi dado ao conseguirmos, todos, que a Shara e os seus
filhos Cristi, Maravilha e Zinga tenham, finalmente, a sua casa e assim se
tornarem, cada vez mais, membros activos da comunidade Bracarense. Estamos
simultaneamente a trabalhar para que, muito em breve, seja a vez de Suraj,
Abbas e Khim.
A
Companhia de Teatro de Braga
“Olá!
Eu sou a Shara e sou da república
Democrática do Congo, onde nasci, cresci e de onde saí em Fevereiro de 2016.
Vim com as minhas duas filhas: a Cristi e a Maravilha.
O Congo é um bom país e tenho muitas saudades da minha família e
das pessoas de quem gosto . É difícil estar longe delas.
Quando saí do Congo fui para Angola e daí
para Portugal. Cheguei grávida e o meu filho já nasceu em Portugal. Chama-se
Zinga e tem oito meses.
De momento, não posso voltar para o meu
país, porque o Congo ainda não tem paz.”
Texto
da Shara para o espectáculo Os Cegos
Shara e os seus filhos em Os
Cegos (foto: Paulo Nogueira)
|
07/06/17
UM PICASSO não passou desapercebida no meio teatral paulista
A presença da CTB em São Paulo com UM PICASSO não passou desapercebida no meio teatral paulista. A juntar ao caloroso apoio do público que lutou a sala nas duas representações, e ao profissional acolhimento pelo SESC e da organização responsável do YESU LUSO, também figuras cimeiras do teatro brasileiro, actores e directores nos honraram com a sua presença. Casos do nosso querido amigo Eduardo Tolentino de Araújo, director do TAPA e director deste Picasso e do mestre Antunes Filho, figura cimeira da renovação do teatro brasileiro, pedagogo, responsável ao longo dos anos de uma obra intangível . quem não recorda espectáculos como Corpo a Corpo, Peer Gynt, Macunaíma, e todo o seu labor na construção de um método sobre o trabalho do actor Foi uma imensa honra contarmos com a presença entusiasmada do Mestre Antunes Filho no nosso espectáculo.
À Arieta, sua grande actriz e ao Pedro, organizadores do Yesu Luso, um forte abraço atlântico. E Força para o próximo.
Ao Atelier Travessia do artista CA CAU e a toda a sua equipa, especialmente à Ana e à Rivera o nosso muito obrigado. Estamos na luta.
E, claro ao meu querido Eduardo Tolentino e a toda a malta do TAPA, pelo apoio e pelo genial espectáculo TORNIQUETE de Pirandello, que nos proporcionaram no Galpão do Tapa. Um espectáculo que deveria ser obrigatório ver em toda a Europa. E a CTB trabalhará para que Braga veja.
Rui Madeira
Marcelo Szpektor, Rui Madeira, mestre Antunes Filho, Solange Sá e Arieta Corrêa |
02/06/17
Um Picasso na Mostra de Teatro de Língua Portuguesa de São Paulo
Esta noite, a companhia de Teatro de Braga apresenta no CESCde Ipiranga, em São Paulo, Um Picasso de Jeffrey Hatcher.
O espectáculo estreado pela CTB em 2014, tem a direcção do
encenador brasileiro Eduardo Tolentino de Araújo e a representação de Rui
Madeira (no papel de Pablo Picasso) e Solange Sá (no papel de Fraulein Fisher).
Esta participação da CTB no YESO LUSO – Mostra de Teatro emLíngua Portuguesa inclui, além das duas apresentações de Um Picasso (2 e 3 de
Junho), debates e uma visita ao Atelier Travessia com trabalhos do artista CA
CAU, com quem a CTB tem o prazer de beneficiar, há já alguns anos, da sua
amizade e talento.
Animal, por Pedro W. Pinto e Madlen Wüst
Está a decorrer a votação online dos projectos para os
Laboratórios de Verão 2017. Esta iniciativa destina-se a artistas ou
coletividades de Braga, residentes ou naturais, que se proponham a desenvolver
conteúdos artísticos originais para serem apresentados na Noite Branca 2017.
A Companhia de Teatro de Braga (CTB) destaca, sem desprimor
para os outros projectos a concurso, o projecto “Animal” da autoria de Madlen
Wüst e Pedro Pinto, designer de som dos espectáculos da CTB como, por exemplo,
OS CEGOS, AS CRIADAS, JUSTIÇA, entre outros.
“Animal” é um projecto musical que contempla, também, várias
áreas das Media Arts que será desenvolvido num espaço físico – em princípio no
GNRATION - composto por três partes: música, teatro físico (com pequenos
excertos de texto), vídeo. Não obstante a delimitação física das três vertentes,
será trabalhada, em alguns momentos, a interacção entre elas.
A curto prazo “ANIMAL” candidata-se a apresentação pública
na Noite Branca de Braga 2017, mas trata-se de um projecto a ser desenvolvido
ao longo de um ano.
Pedimos a todos que não percam a oportunidade de ver já em
Setembro este projecto votando em:
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
31/05/17
CTB em viagem: depois da Ucrânia, Brasil
A CTB regressou, dia 29, a Portugal depois de uma digressão
de quase duas semanas pela Ucrânia.
Foi com No Alvo - espectáculo produzido, em 2015, a partir
do texto do dramaturgo austríaco – que a CTB encerrou esta digressão, em Kiev,
no dia 28 de Maio. Assistiram ao espectáculo no Teatro Nacional Ivan Francko a
sra. embaixadora de Portugal na Ucrânia, Cristina Almeida, e o sr. Cônsul.
Cônsul e Embaixadora à conversa com Rui Madeira (director da CTB) e actores |
A Viagem realizou-se no âmbito do Projecto para a
Internacionalização financiado pela DGArtes. O grupo composto por 16 pessoas -
entre actores, técnicos, encenadores, artistas plásticos, etc. – levou dois
espectáculos da CTB (No Alvo de
Thomas Bernhard e Ainda o Último Judeu e
os Outros de Abel Neves) a quatro cidades ucranianas: Kherson, Mykolayiv, Bila Cerkva e Kiev. Foram realizadas um total de seis apresentações (duas de Ainda o Último Judeu e os Outros e
quatro de No Alvo).
Os actores Rui Madeira e Solange Sá, o técnico de luz
Vicente Magalhães e o director técnico do Theatro Circo Celso Ribeiro chegaram
esta tarde a São Paulo onde, nos dias 2 e 3 de Junho, irão apresentar o
espectáculo Um Picasso (encenado por Eduardo Tolentino de Araújo) no festival
YESO LUSO – Teatro em Língua Portuguesa, no SESC de Ipiranga.
23/05/17
CTB celebra Dia Mundial da Criança com Músicos de Bremen
No próximo dia 1 de Junho, Dia Mundial da Criança, a
Companhia de Teatro de Braga leva a cena, no Theatro circo, às 11h30, Os
Músicos de Bremen.
A partir do conto homónimo dos Irmão Grimm, o espectáculo
criado pela CTB em 2014, tem encenação de José Caldas e o elenco é composto por
André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Rogério Boane e Sílvia Brito.
Foto. Paulo Nogueira |
SINOPSE
A partir do conto dos Irmãos Grimm e relato oral do Sr. Joaquim Peças.
Texto dramático de José Caldas. Poemas de Eugénio de Andrade e Afonso Lopes
Vieira.
Propor ao jovem público uma metafórica reflexão sobre a velhice e a sua
marginalidade numa sociedade de produção e consumismo é o desejo deste
espectáculo. Que presente ou futuro podem ter quatro velhos animais que já não
são úteis? Resta-lhes o sonho e a utopia de que unidos poderão construir: ser
músicos numa banda de sons imaginários. Partiremos portanto todos a procura de
um território livre e justo: Bremen, a cidade onde todos são aceites.
Atores/cantores e músicos em cena, que contam e vivem esta história
confiando na inteligência das crianças e no seu gosto pelo jogo.
José Caldas
Poster: Carlos Sampaio |
FICHA ARTÍSTICA
a partir do conto dos Irmãos Grimm e relato oral do Sr. Joaquim
Peças
poemas Eugénio de Andrade e Afonso Lopes Vieira
dramaturgia e encenação José Caldas
elenco André Laires, António Jorge,
Carlos Feio, Rogério Boane e Sílvia
Brito
cenografia e figurinos Marta Silva
design gráfico e fotografia Paulo Nogueira
desenho de luz Nilton Teixeira
música original Alberto
Fernandes
arranjos
Rui Souzza, Alberto Fernandes, Pedro
Oliveira
gravação
nos Estúdios CEAPT
direção
de produção musical Rui Souzza
captação
e mistura Pedro Oliveira
masterização
Pedro Oliveira e Alberto Fernandes
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